Palestras promovidas pelo Hemomar marcam Dia do Hemofílico

Divulgação/SSP

Atualizada em 27/03/2022 às 12h09

SÃO LUÍS - Com o objetivo de tirar dúvidas e desmistificar alguns aspectos da hemofilia, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar) realizou, na tarde desta quarta-feira (17), no Dia Internacional do Hemofílico, uma série de palestras sobre a doença. Participaram da programação, realizada no auditório do Hemomar, profissionais da saúde, familiares e pacientes de portadores da doença.

De origem genético-hereditária, a hemofilia ocasiona sangramentos, principalmente, no interior de juntas e músculos devido à ausência de um dos fatores da coagulação do sangue. Existem dois tipos de hemofilia: A e B. A primeira ocorre por deficiência do fator VIII de coagulação do sangue e a hemofilia B, por deficiência do fator IX.

O tratamento é feito com a injeção na veia, do fator que falta ao paciente (VIII ou IX). Os concentrados dos fatores são distribuídos, pelo Ministério da Saúde (MS), por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), aos hemocentros para atenderem os pacientes diagnosticados e cadastrados.

De acordo com o diretor do Hemomar, o médico hematologista Dario Nicolau, que ministrou palestra abordando as novas formas de tratamento da doença, há muito o que se comemorar em relação ao tratamento ofertado pelo SUS aos hemofílicos. "Antes o MS disponibilizava poucas doses do medicamento, mas desde o ano passado, essas doses, que são importadas, têm sido colocadas à disposição dos pacientes de forma satisfatória. Além disto, o governo brasileiro anunciou a construção de uma fábrica que produzirá esses medicamentos, barateando, assim, o tratamento", frisou Nicolau.

Atualmente existem 187 pacientes cadastrados no Hemomar. "Mas muitos deles só buscam ajuda no Hemocentro em situação de emergência, quando o ideal é que façam o tratamento preventivo", destacou a pedagoga Francisca Viana, que integra a equipe multidisciplinar montada no Hemomar para a hemofilia.

Ainda, como parte da programação da Semana do Hemofílico foram distribuídos panfletos informativos no ambulatório do Hemomar e, também, foi feito um concurso de desenho no qual foram premiados os três primeiros colocados. A tarde também foi realizado o workshop "Hemofilia em questão" e as palestras "Imunotolerância", "Dose domiciliar de urgência", "Psicologia" e "Odontologia".

Para o professor de educação física Cosme da Silva Barbosa, que há mais de 20 anos descobriu ser hemofílico, iniciativas como esta ajudam a desmistificar a doença. "Ainda há preconceito porque as pessoas têm pouca ou nenhuma informação sobre a hemofilia, acham que o hemofílico não pode ter uma vida normal e isto não é verdade, a doença não nos incapacita", disse ele.

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