Chuvas

Defesa Civil orienta contra riscos provocados pelas chuvas fortes em São Luís

De acordo com o Inmet, somente no domingo (31), choveu 113,6 mm na capital maranhense.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h10

SÃO LUÍS – O fim de semana foi de muitos estragos e prejuízos, em São Luís, por causa da chuva forte que atingiu a cidade. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), somente no domingo (31), choveu 113,6 mm. Segundo o Laboratório de Meteorologia (Labmet) do Núcleo Geoambiental (Nugeo) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em alguns pontos, o índice pluviométrico chegou a 160 mm. Já segundo o monitoramento da Defesa Civil, o índice variou entre 95 e 140 mm em diversas regiões da cidade.

No Túnel do Sacavém, o muro de um condomínio desabou, atingiu casas e deixou moradores assustados. No Filipinho, um local que já havia sido isolado pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil, outro muro despencou. No Centro, o Plantão Central de polícia, localizado na avenida Beira-Mar, ficou "ilhado", nesse domingo, por causa da chuva. Na avenida Jerônimo de Albuquerque, vários carros ficaram atolados e, alguns, acabaram no "prego" ao tentarem passar pela água. Na mesma avenida, uma árvore caiu e ocupou a direita da via. No Coroado, as ruas, também, ficaram alagadas. Já na avenida dos Portugueses, um carro bateu em um poste em frente a Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

De acordo com a superintendente da Defesa Civil municipal, Elitânia Barros, atualmente, existem 66 áreas de risco identificadas na capital maranhense, sendo que mais de 50 ficam localizados no eixo Bacanga. "A maioria das famílias que moram nessas áreas de risco, das vítimas de alagamento, tem muita perda material. As que moram em cima ou em baixo de encostas estão vulneráveis a sofrer os danos físicos. Neste momento atual, elas têm que ter muito cuidado, principalmente as que moram próximas a encostas, porque as encostas da nossa cidade estão vulneráveis a deslizamento. Essas pessoas devem atender a solicitação dos agentes de Defesa Civil, porque nós não podemos precisar onde vai deslizar, mas nós sabemos que aquele ponto está vulnerável a deslizamento. O que preocupa a Defesa Civil são os danos à vida. Os danos materiais se reconstroem, mas a vida é única, é o bem maior que nós temos. No momento atual, a Defesa Civil orienta as pessoas que moram nas proximidades de encostas que, pelo menos, nestes meses de chuva, vá para a casa de vizinho, por exemplo, principalmente à noite", disse em entrevista ao Imirante nesta segunda-feira (1º).

Núcleos comunitários

A superintendente recomenda, ainda, que os moradores de bairros com áreas de risco identificadas se mobilizem em Núcleos Comunitários da Defesa Civil, orientados pelo órgão, para ter um plano de evacuação definido em casos de emergência. "Existem locais em que as pessoas não aceitam as nossas palestras. Então, a gente respeita. Mas existem locais em que as comunidades já estão ‘antenadas’ nessa situação. O ideal é ter, mesmo, um plano preventivo de evacuação", diz.

Outras orientações sobre como agir em casos de desastres, alagamentos e riscos causados pela chuva forte podem ser encontradas pelo telefone 153 ou na página eletrônica da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) na internet, órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional (MI).

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