Maranhão

Secretária Olga Simão visita capelas, museus e igrejas

Divulgação/ Secma

Atualizada em 27/03/2022 às 12h10

SÃO LUÍS - A secretária de Estado de Cultura, Olga Simão, visitou, semana passada, as capelas de São José das Laranjeiras (Rua Grande) e do Senhor Bom Jesus dos Navegantes (Igreja de Santo Antônio). Esteve, também, na Igreja Nossa Senhora do Desterro e no Museu Cafua das Mercês (Desterro).

O objetivo foi verificar as condições de preservação desses locais, administrados pela Secretaria de Estado de Cultua (Secma), onde funcionam pequenos museus e centros culturais, e articular ações para aprimorar o funcionamento. Na visita, a secretária estava acompanhada de técnicos da Secma, entre os quais a diretora do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), Maria Luiza Raposo,

No Museu Cafua das Mercês, Olga Simão verificou o trabalho de conservação, organização e limpeza. “Sempre nos organizamos para mantermos o local agradável para os visitantes, pois queremos que todos voltem”, disse a coordenadora do museu, Silvia Silva Martins.

A Cafua das Mercês, também conhecida como Museu do Negro, é um espaço cultural de preservação da memória da forte presença da cultura afro no Maranhão. No espaço museológico encontram-se instrumentos do período da escravidão, objetos da cultura afro-maranhense, entre os quais, os ligados a religiosidade de matriz africana: indumentárias, acessórios e instrumentos musicais utilizados nos rituais religiosos da Casa das Minas, Casa de Nagô e outros terreiros.

Há, ainda, uma valiosa coleção de arte proveniente de diversas regiões africanas, a exemplo de grupos culturais como Bambara, Dogon, Senufo entre outros. Há suspeitas, ainda, para serem comprovadas por historiadores, que, no local, funcionou um centro de comercialização de escravos.

Na Igreja do Desterro, a secretária vistoriou os serviços de reparos e restauração no piso, teto, portas, altar. “Sabemos que quando se trata de reformar um local histórico como este, é necessário tempo e cautela, para que o serviço fique da melhor qualidade”, ressaltou a diretora do MHAM, Maria Luiza Raposo.

A Igreja do Desterro é conhecida por ser a mais antiga de São Luís, sendo a sua primeira construção datada de 1618. Saqueada pelo exército holandês, que levou peças sacras de ouro e prata, a igreja, foi reformada diversas vezes. Localizada na praça do bairro do Desterro, no centro histórico de São Luís, é considerada a única no Brasil a ter traços da arquitetura bizantina. Abriga hoje um pequeno museu de arte sacra.

Para Olga Simão, as visitas foram uma oportunidade de verificar o que pode ser aprimorado nesses locais. “Conhecendo melhor e de perto, é possível tem subsídios mais exatos para se fazer as reformas e intervenções necessárias”.

Capelas

Os dois últimos locais visitados pela equipe técnica da Secretaria de Cultura foram às capelas de São José das Laranjeiras e do Senhor Bom Jesus dos Navegantes. Nas duas, que estão em bom estado de conservação, poderão ocorrer apenas pequenos reparos ou reformas, após avaliação dos técnicos da Superintendência de Patrimônio Cultural da Secma, por se tratarem de prédios tombados.

A Capela de São José das Laranjeiras é um exemplar da arquitetura religiosa predominante no Maranhão no século XIX. A análise estilística da sua decoração interna revela um conjunto harmônico de altar-mor, arco-cruzeiro, guarda-corpo e sanefa, os quais, apesar de possuírem características neoclássicas, guardam ainda elementos do momento artístico anterior, o rococó. Trata-se também, da única edificação religiosa de São Luís que possui o copiar, uma área avarandada que servia como espaço de transição entre o interior (sagrado) e o exterior (profano) dos templos.

Já a capela do Senhor Bom Jesus dos Navegantes é uma construção do século XVII, realizada pelo Jesuíta Frei Cristovão de Lisboa, que ao chegar em São Luís encontrou em ruínas o Convento de São Francisco, obra dos capuchinhos franceses, que tiveram que o abandonar, quando de sua expulsão. Verificando a importância do convento, ele resolveu construir um novo, com o nome de convento de Santa Margarida e junto a este, reconstituiu também, a capelinha onde celebravam seus ofícios.

Além da sua importância arquitetônica, convém ressaltar que foi o púlpito da mesma, que o jesuíta Padre Antônio Vieira, em 1654, proferiu o célebre “Sermão aos Peixes”. Depois da construção da Igreja de Santo Antônio, a primitiva capela foi doada à irmandade do Senhor Bom Jesus dos Navegantes, que até hoje a mantém. Nela são realizadas as tradicionais solenidades no tempo da Quaresma.

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