Resgatar os valores no mundo das diferenças e discutir a cultura e responsabilidades sociais, esse foi o foco da visita de representantes do Centro de Cultura Negra (CCN), na manha desta sexta-feira (30), ao Centro de Ensino Paulo Freire, escola da rede estadual, localizada no bairro do Turu.
Com o pátio completamente tomado pelos alunos, Robson dos Santos, fez uma breve palestra sobre a questão étnico-racial, ressaltando a importância da tolerância e do respeito em relação às diversidades. “Esse espaço criado pela escola é muito importante para que possamos discutir algo que está na pauta de vários encontros. A questão racial necessita desse canal de análise para que possamos ultrapassar esse arcaico e inconveniente dilema em relação ao preconceito racial, e que ainda é muito percebido aqui no Brasil”, comentou.
Ainda durante o evento, foi feita a apresentação do Grupo Arte Erê, que é voltado para o aprendizado em percussão para crianças que se encontram em situação de rua ou em vulnerabilidade social.
Para a coordenadora pedagógica do Centro, o resultado final da visita do CCN à escola foi muito positivo. “Esta visita também é uma das atividades referentes ao Dia da Consciência Negra, que foi comemorado no dia 20 de novembro. Os nossos alunos ficaram atentos às explicações e isso nos remete à reflexão de que estamos no caminho certo na proposição dos trabalhos que apresentamos à comunidade escolar do Paulo Freire”, comentou.
Dia da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
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