Economia

Número de jovens desempregados aumenta 4 milhões em 5 anos, diz OIT

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 12h21

SÃO PAULO - O mundo ganhou cerca de quatro milhões de jovens desempregados desde 2007, mostra relatório divulgado nessa segunda-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A organização estima que haverá cerca de 75 milhões de jovens desempregados no mundo em 2012.

As projeções do estudo "Tendências Mundiais do Emprego Juvenil 2012" apontam que 12,7% da força de trabalho entre 15 e 24 anos do mundo estarão sem emprego este ano, taxa que permanece invariável desde o ponto mais crítico da crise em 2009, e um pouco superior aos 12,6% do ano passado.

Segundo o relatório, a taxa mundial de desemprego juvenil continua estancada no mesmo nível alcançado no ponto mais alto da crise econômica e não deverá diminuir até, pelo menos, 2016.

A OIT destaca que a taxa seria ainda mais alta, de 13,6%, se forem considerados aqueles que – com frequência desmotivados pela falta de perspectivas – abandonam ou adiam a busca de emprego.

“A crise do desemprego juvenil pode ser superada, mas somente se a criação de emprego para os jovens for convertida em uma prioridade essencial na tomada de decisões políticas, e se forem intensificados os investimentos do setor privado de maneira significativa”, afirmou o diretor executivo do setor de emprego da OIT, José Manuel Salazar-Xirinachs. "Isto envolve medidas que ofereçam facilidades fiscais e outros incentivos às empresas que contratem jovens; esforços para reduzir a defasagem entre as qualificações dos jovens; programas de capacitação empresarial que integrem a formação profissional, a orientação e o acesso ao capital; e a melhoria da proteção social destinada aos jovens”, acrescentou.

Desemprego por região

De acordo com o relatório, nas economias desenvolvidas, a situação é ainda pior do que a sugerida pela taxa prevista para este ano de 18% de desemprego juvenil.

Na América Latina e Caribe, a taxa de desemprego juvenil aumentou durante a crise econômica, de 13,7% em 2008 para 15,6% em 2009. Diminuiu até 14,3% em 2011 e, segundo a OIT, não se esperam progressos adicionais a médio prazo.

Nos países da ex-União Soviética, na Europa Central e no Leste Europeu, a taxa de desemprego juvenil diminuiu até 17,6 % em 2011. Segundo o relatório, nessa regiçao, ao contrário das economias desenvolvidas, as taxas de participação dos jovens parece ter aumentado devido ao fato que a crise econômica nesta região pode ser em parte motivada pela pobreza.

No Norte da África, o desemprego juvenil aumentou em 5 pontos percentuais depois da Primavera Árabe, deixando 27,9% dos jovens sem emprego em 2011. No Oriente Médio, a taxa foi de 26,5%.

Segundo o relatório, em nível mundial e na maioria das regiões, a crise teve um impacto maior sobre as taxas de desemprego das mulheres jovens do que dos homens jovens.

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