Comemoração

Libras completa 10 anos como língua oficial dos surdos no Brasil

A comemorativa terá apresentação de relatos de experiências, do projeto Libras na Mão e oficina.

Imirante, com informações da Seduc

Atualizada em 27/03/2022 às 12h23

SÃO LUÍS - Na próxima terça-feira (24) será comemorado, em São Luís, os dez anos de oficialização da Libras. O evento, promovido pelo Centro de Ensino de Apoio à Pessoa com Surdez (CAS), da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), será realizado das 14h às 18h, na Superintendência de Recursos Humanos da Seduc, no bairro Monte Castelo.

A programação comemorativa terá apresentação de relatos de experiências, do projeto Libras na Mão e oficina. Vai ser aberta a gestores, professores, estudantes e profissionais, além do público em geral.

Para a gestora-geral do CAS, Irene Cabral, é uma data para comemorar conquistas. “A Libras facilita a vida do surdo nas atividades do dia a dia na sociedade e sua oficialização foi um reconhecimento, um avanço muito importante para a comunidade surda e todos que trabalham e lutam pela causa”, enfatizou.

Fundado há nove anos, o CAS realiza cursos de Libras para surdos e ouvintes e também dá apoio especializado às 24 escolas de São Luís que têm alunos surdos.

Com 230 alunos nas turmas de nível básico, intermediário e avançado, o CAS teve que fazer sorteio de vagas, neste semestre, devido a um crescimento na demanda. “O desafio é ampliar o conhecimento da Libras na sociedade, falada por todos os cidadãos, ou pelo menos ampliar o conhecimento entre os surdos, pois muitos não conhecem a língua de sinais”, aposta Irene Cabral.

Capacitação profissional

Outra ação do CAS é a realização de cursos rápidos de Libras em escolas, que agora também serão oferecidos em parcerias com as secretarias de Estado, por meio do projeto Libras na Mão. A necessidade de capacitação em instituições que lidam com o público se reflete nas turmas de ouvintes que fazem os cursos regulares do CAS.

É o caso do historiador Daniel Caeiras, que trabalha na Casa Histórica de Alcântara. Sem o conhecimento de Libras, o museu, segundo ele, não tem condições de atender o público surdo. Daniel fez um curso de 40h na Escola de Governo e agora aperfeiçoa o conhecimento da língua de sinais numa turma do CAS e também na Pastoral do Surdo, na Igreja de São Pantaleão. “Estamos nos preparando para fazer um trabalho no museu voltado aos estudantes de Alcântara e a expectativa, com esse conhecimento em Libras, é atender todos os alunos”, afirmou.

Um dos fundadores e secretário do CAS, Cláudio Jorge de Oliveira reforça que ainda é grande a lacuna de instituições e profissionais preparados para atender este público. “É muito importante que mais pessoas aprendam Libras. Muitos surdos terminam o colégio e querem entrar numa universidade, mas falta estrutura para isso”, disse ele que também é surdo e professor da Língua Brasileira de Sinais.

Oficialização da Libras

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida por especialistas como língua desde os anos 1960, mas só foi declarada como a oficial dos surdos, no Brasil, pela Lei 10.436, de 24 de abril de 2002.

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