São Luís

Hospital Carlos Macieira promove campanha contra o glaucoma

Atualizada em 27/03/2022 às 12h53

SÃO LUÍS - No Hospital Carlos Macieira cerca de 50 pacientes, portadores de glaucoma, participaram, sábado (12), de uma manhã de esclarecimentos que contou com uma palestra proferida pela médica Simone Arruda. Ela abordou as principais curiosidades sobre a doença. Na ocasião, vários pacientes aproveitaram para fazer perguntas que foram prontamente respondidas pela médica.

Após a palestra, os pacientes puderam ainda assistir a um vídeo educativo sobre a doença com a participação da atriz Nicete Bruno. Todos foram submetidos, em seguida, ao exame oftalmológico para avaliação individual de cada caso e receberam gratuitamente medicamentos necessários à continuidade de seu tratamento. O evento concluiu-se com um lanche de confraternização.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia existe aproximadamente um milhão de portadores de glaucoma no Brasil, sendo que 60% desses pacientes sequer sabem que possuem a doença. “O glaucoma é uma enfermidade silenciosa, não apresenta sintomas e avança lentamente até destruir o nervo óptico e provocar a perda parcial ou total da visão”, alerta a oftalmologista Simone Oliveira de Arruda, responsável pelo setor de glaucoma do Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM).

Entre as causas gerais de cegueira no mundo, o glaucoma ocupa o segundo lugar com 12,3%, atrás apenas da catarata (47,8%) que é reversível. Quando se trata de cegueira irreversível, o glaucoma ocupa o primeiro lugar.

A questão é tratada pelos órgãos de saúde pública como um desafio epidemiológico mundial. No Brasil, por exemplo, o dia 26 de maio foi escolhido como o Dia Nacional de Combate à Cegueira pelo Glaucoma. Nos dias que sucedem essa data várias atividades de conscientização sobre a doença são realizadas em todo o país.

Sintomas

De acordo com o médico Mauro César Oliveira, coordenador da Oftalmologia do HCM, o glaucoma é uma doença que não apresenta sintomas na grande maioria dos casos e a perda visual não é logo percebida por ocorrer, inicialmente, na periferia do campo de visão. Nos casos mais graves o glaucoma pode manifestar-se de forma aguda, com dor intensa e perda súbita da visão.

Fatores de risco

A prevalência do glaucoma aumenta com a idade, sendo associada a outros fatores de risco. Segundo Simone Arruda, a hereditariedade confere aos parentes de primeiro grau de pacientes com glaucoma, dez vezes mais chances de desenvolver a neuropatia. “Pessoas com idade acima de 40 anos; afro-descendentes; portadoras de diabetes; míopes; usuários de corticóides ou que já sofreram algum trauma ocular estão dentro do grupo de risco”, disse a médica.

Cuidados

Glaucoma não tem cura, tem controle, adverte Simone Arruda. A perda de visão causada pelo glaucoma é irreversível, mas pode ser prevenida com o tratamento. “A detecção precoce da enfermidade é essencial para evitar a perda total da visão. As pessoas devem ter o costume de consultar um oftalmologista periodicamente, facilitando o diagnóstico do glaucoma em tempo de controlá-lo. O tratamento é feito à base de colírios usados para diminuir a pressão intra-ocular. O tratamento a laser também é utilizado para retardar os efeitos da doença e, em alguns casos, é necessário recorrer à cirurgia para controlar a pressão intra-ocular”, esclarece.

A especialista do HCM lembra que quanto mais cedo o paciente iniciar o tratamento, menores serão os riscos de perda da visão e mais fácil será o controle da doença. O Ambulatório de Oftalmologia do HCM possibilita acompanhamento de rotina a todos os portadores de glaucoma assistidos pelo hospital, além de dar continuidade de seu tratamento inclusive dos casos cirúrgicos quando necessário.

As informações são da Secom do Estado.

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