Eleição

PMDB aprova Michel Temer como vice de Dilma Roussef

Aprovação ocorre por unanimidade. O presidente da Câmara disse estar orgulhoso com a escolha.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 12h54

BRASÍLIA - A Executiva do PMDB aprovou, nesta terça-feira, a indicação do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), como vice-presidente na chapa da pré-candidata petista Dilma Rousseff. “Aprovamos por unanimidade, na Executiva do PMDB, a indicação do presidente Michel Temer para compor a chapa como vice de Dilma Rousseff”, disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR).

Após a aprovação de seu nome, Michel Temer disse estar muito orgulhoso por ter sido indicado como vice de Dilma por unanimidade pela legenda. "Estou muito orgulhoso do partido de me indicar. Claro que fico muito entusiasmado com essa hipótese, mas com muita cautela. Vamos unir o PMDB para levar a uma campanha naturalmente vitoriosa”, disse Temer durante coletiva a jornalistas. A reunião aconteceu na presidência do PMDB, na Câmara dos Deputados.

Temer disse ainda que Dilma Rousseff deve estar sabendo da decisão e que deverá se encontrar com a ex-ministra durante viagem a Nova York, na próxima quinta-feira.

O partido também oficializou a data da convenção do partido para o dia 12 de junho, véspera da convenção nacional do PT. As convenções estaduais ficaram marcadas para o dia 15 de junho, segundo Jucá.

Alianças problemáticas nos Estados

Para o último sábado, o PMDB havia agendado o encontro que homologaria Temer como vice de Dilma. Mas problemas de aliança nos Estados adiou o evento para 12 de junho, véspera da convenção nacional do PT. O PMDB quer que o aliado ceda em alguns Estados antes de oficializar o casamento. No entanto, a avaliação entre os integrantes do partido é a de que o nome de Temer é consenso e a pré-candidatura poderia ser anunciada antes da convenção.

Questionada se o deputado seria um bom parceiro na chapa, Dilma disse ontem que Temer é uma pessoa qualificada e se confundiu ao dizer que ele ocupa a presidência do Senado. “Tudo indica que o PMDB vai escolher o seu vice. Eu acho que o Michel Temer é uma pessoa qualificada para ser vice, é o presidente do Senado e tem toda uma trajetória”, disse.

Ontem, durante jantar de líderes na casa de Temer, foram discutidos os quadros nos Estados onde PT e PMDB enfrentam problemas com alianças.

Um levantamento feito pela Agência Brasil junto ao PT e o PMDB mostra que, em pelo menos oito Estados, há acordo entre os partidos para formação de um único palanque, em mais sete ainda estão abertas as negociações e em doze os partidos deverão estar em lados opostos.

O principal objetivo da parceria é a formação da chapa nacional, em que a ex-ministra será a candidata a presidente e o deputado federal paulista será o vice. No entanto, firmado em outubro passado, o pré-acordo entre os partidos nunca chegou a ser ameaçado em nível nacional.

Porém, as cúpulas dos dois partidos sempre visaram reproduzir a aliança no maior número de Estados possível. Em alguns casos, as Executivas de PT e PMDB chegaram a condicionar a coligação a um acerto entre seus diretórios regionais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também prometeu entrar em campo para solucionar problemas.

Minas Gerais é o caso mais emblemático. Segundo maior colégio eleitoral do País, o Estado tem sido classificado como fiel da balança na eleição deste ano. Ex-ministro das Comunicações, o senador mineiro Helio Costa é o pré-candidato ao governo lançado pelo PMDB. Ele sempre disse ter a promessa de que o PT o apoiaria.

Até agora, isso não ocorreu. Há duas semanas, os petistas fizeram uma prévia em que o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel foi escolhido pré-candidato ao governo. Ele próprio cogita abrir em nome de Costa e concorrer ao Senado. No entanto, tem sido pressionado pelo diretório do PT de Minas.

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