Operação Manzuá

Donos de bares acusam Manzuá de truculência

Eles denunciam que não há garantia que decibelímetro está realmente cumprindo normas do Inmetro.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h10

SÃO LUÍS - Diante do impasse entre o Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública sobre a atuação da polícia nas ações da Operação Manzuá, em São Luís, foi realizado um encontro entre os 23 empresários do ramo e o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Luís Carlos Filho. Na ocasião, foi avaliada a atuação da operação nos últimos seis meses. Durante a reunião, os donos de bares avaliaram que houve arbitrariedades e truculência, e em algumas situações até abuso de poder.

"Ficou constatado na reunião que houve vários casos de arbitrariedade. A conclusão a que o conjunto de empresários chegou é de que a operação esta sendo malconduzida. Os empresários não são contra a operação, mas a forma como ela está sendo conduzida", comentou Luís CarlosFilho.

Vários empresários denunciaram que não há garantia de que o uso do equipamento para aferir o volume do som, o decibelímetro, está realmente cumprindo as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). "O próprio presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Maranhão disse que não há laboratório no estado que ateste que o aparelho esta dentro das normas técnicas", reiterou o presidente da Abrasel. Com relação ao decibelímetro, os empresários afirmaram nunca ter recebido nenhum laudo por parte do MP, com os resultados averiguados pelo aparelho.

Ficou firmado, na reunião, o apoio ao secretário de Segurança, Raimundo Cutrim, que entendeu ser ilegal o uso da força policial civil e militar na atuação da Operação Manzuá em bares e restaurantes. A expectativa é de que o prefeito de São Luís, João Castelo, sancione a lei que regulamenta os horários de funcionamento dos bares, lei já aprovada pela Câmara.

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