Passageiros

Oito crianças estavam a bordo do Airbus

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h16

SÃO PAULO - Entre os 216 passageiros do voo AF 447, que sumiu sobre o Oceano Atlântico nesta segunda-feira (1º), há um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens. A informação foi divulgada pela Air France. Segundo a companhia, a aeronave estava em uso desde 2005 e passou por manutenção técnica pela última vez em 16 de abril. Os nomes dos passageiros não foram divulgados ainda.

Entretanto, a Air France colocou à disposição de familiares um telefone que centraliza informações sobre o acidente:

0800 881 2020 para o Brasil

0800 800 812 para a França,

e + 33 1 57 02 10 55 para outros países

Pane elétrica

A companhia aérea informou que o Airbus que sumiu sobre o Oceano Atlântico quando ia do Rio de Janeiro a Paris mandou uma mensagem às 2h14 GMT desta segunda-feira (23h14 de domingo em Brasília) avisando sobre uma pane elétrica. O aviso teria sido mandado depois que a aeronave, um Airbus 330-200, atravessou uma área de tempestade, em que enfrentou forte turbulência.

François Brousse, diretor de Comunicação da empresa, disse em Paris que a hipótese "mais provável" é que a aeronave tenha sido atingida por um raio. O diretor-executivo da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, disse que possivelmente se está "diante de uma catástrofe aérea".

O voo AF 447 deveria ter pousado às 6h10 (horário de Brasília) no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Anteriormente, a empresa havia informado sobre a presença de 15 tripulantes.

Buscas

A aeronáutica já começou as buscas pelo avião. Segundo o assessor de imprensa da Aeronáutica, coronel Henry Munhoz, as buscas foram iniciadas ao nascer do sol. “Aeronaves da Força Aérea Brasileira, a partir de Fernando de Noronha, no sentido de Paris, buscam a aeronave desaparecida”, disse Munhoz.

Segundo o coronel, o avião não foi detectado nos radares da Ilha do Sal, que fica no meio do caminho entre Brasil e Europa. “Em consequência disso, a Força Aérea Brasileira foi acionada durante a madrugada para que as buscas fossem iniciadas com o nascer do sol.”

O assessor da Aeronáutica explica que o departamento de controle do espaço aéreo tem uma cobertura que corresponde a três vezes a dimensão do Brasil. Boa parte do Oceano Atlântico está sob a responsabilidade do país, de acordo com tratados internacionais. Portanto, as buscas estão a cargo do país.

A Air France confirmou à agência France Presse que "não tinha notícias" do voo. Parentes de passageiros estavam sendo encaminhados para uma área especial do aeroporto Charles de Gaulle.

O ministro francês do Desenvolvimento, Jean-Louis Borloo, disse em entrevista à radio France Info que, infelizmente, deve-se esperar pelo "mais trágico cenário", uma vez que a reserva de combustível do avião já deve ter acabado. Ele também descartou a possibilidade de sequestro e disse que o mais provável é que tenha havido um acidente.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu ao governo que "faça todo o possível" para encontrar pistas do avião, segundo comunicado emitido pelo Palácio do Eliseu. O governo montou uma "célula de crise" no aeroporto para acompanhar o caso.

A Airbus, fabricante do avião, disse que iria esperar mais informações para falar sobre o caso.

A Força Aérea Brasileira informou que dois aviões com equipes especializadas em busca e resgate foram enviados por volta das 9h à região de Fernando de Noronha. Segundo a Agência Estado, os aviões são dos modelos P95 e C130.

Mapa mostra a rota do voo AF 447, que sumiu dos radares sobre o Atlântico. (Foto: Arte G1)

Com informações de agências internacionais e da TV Globo.

Matéria atualizada às 11h31min.

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