O mercado de câmbio é comprador e mantém o dólar pressionado nesta tarde de liquidez reduzida e poucas novidades. Às 15h20m, a moeda americana era negociada por R$ 3,559 na compra e R$ 3,564 na venda, com avanço de 1,10% frente ao real. O principal destaque do dia é a aceleração da inflação detectada pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), índice calculado pela FGV.
A segunda prévia do IGP-M de novembro ficou em 3,86%, a mais alta desde o início de 1994. A taxa superou as expectativas e reduziu o impacto positivo do aumento de um ponto percentual nos juros básicos promovido pelo Copom na quarta-feira. A inflação do IGP-M foi divulgada no final da tarde de ontem, quando os negócios com o dólar e juros no horário regular já estavam encerrados. Com isso, a repercussão mais forte nos ativos é observada hoje.
Segundo operadores, a queda do dólar reflete a preocupação com as metas de inflação que o Brasil acertou com o FMI. Para 2003, a meta é de 6,5%. O mercado, no entanto, já projeta taxa de dois dígitos. O temor é que o Copom seja levado a promover um choque de juros para garantir o cumprimento da meta. Esse choque, além de prejudicar o andamento da economia, ainda elevaria os encargos da dívida pública atrelada a juros pós-fixados.
A dívida pública atrelada ao câmbio é outro problema. No dia 2 há um novo vencimento superior a US$ 2 bilhões e os investidores já começam a se movimentar. Na próxima semana o Banco Central deve começar os trabalhos de rolagem da dívida, o que deve gerar apreensão. Nesta semana, o BC conseguiu renovar 83,8% de uma dívida de US$ 2,5 bilhões, agradando o mercado.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para liquidação em dezembro está em R$ 3,554, com alta de 0,95%.
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