Celulari foi convidado para viver Silvio Santos no cinema

GloboNews.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h26

Sob a ameaça de dois revólveres, o empresário Silvio Santos, dono do SBT, foi mantido refém por mais de sete horas por Fernando Dutra Pinto, que dias antes havia seqüestrado sua filha Patrícia Abravanel. Era agosto de 2001.

E o comentário que mais se ouviu na época foi: “Coisa de cinema”. Pois o drama do mais popular apresentador de TV do país será a primeira seqüência do filme “Era uma vez... no Brasil”, de Guga Oliveira, que contará a incrível trajetória de Senor Abravanel.

Até o fim do mês, Guga Oliveira, que também assinou a produção, deverá finalizar o roteiro do longa-metragem, baseado no livro “A fantástica história de Silvio Santos” (Editora do Brasil), escrito por Arlindo Silva e lançado no início do ano passado.

O texto, segundo ele, ainda receberá outro tratamento, para adequar os diálogos às sete décadas que o filme compreenderá — dos anos 40 a 2001. A narrativa será feita em flash back, sendo o episódio do seqüestro o ponto de partida.

— Com a perspectiva de ser morto pelo seqüestrador, Silvio começa a rever toda sua vida, voltando no tempo e lembrando desde a época em que começou como camelô — conta Oliveira.

Edson Celulari foi convidado para interpretar Silvio no cinema. Guga já enviou-lhe uma sinopse de seis páginas. Mas o ator, que vive o mendigo Jean Valjean na novela “Sabor da paixão”, quer ler o roteiro antes de dar sua resposta.

O diretor também já pensou em nomes para representar os principais membros da família Abravanel: Reginaldo Faria, como Alberto, o pai de Silvio; Marieta Severo, como Rebeca, a mãe; e Angélica, como Cidinha, a falecida primeira mulher do apresentador.

— Minha maior preocupação é com o núcleo familiar — diz o diretor. — Alexandre Frota disse que gostaria de fazer o seqüestrador. Mas ele não tem o tipo físico do Fernando Dutra Pinto. O papel tem que ser feito por um grande ator, porque a aparição dele é curta, mas muito intensa.

Segundo o diretor, Nizo Neto viverá o pai, Chico Anysio, aos 20 anos, numa passagem em que o humorista e o jovem Silvio Santos disputam um concurso numa rádio. O restante do elenco ainda será escolhido. Faltam nomes para papéis cruciais, como a atual mulher de Silvio, Iris Pássaro, e as seis filhas dele — Cíntia, Silvia, Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata.

— Os artistas têm desmonstrado interesse, mas querem ler o roteiro para se comprometerem com o projeto. Além disso, eles querem saber o cronograma de filmagens para agendarem seus trabalhos — diz o diretor.

As filmagens em estúdio deverão começar em março de 2003. Já as externas só serão iniciadas após a temporada de chuvas no Rio, mas terão ainda outra frente em São Paulo. Oliveira gostaria de rodar as seqüências cariocas.

Enquanto isso, as cenas passadas na capital paulista seriam dirigidas por Wellington Amaral, seu parceiro no projeto. A idéia do diretor é lançar o longa-metragem no segundo semestre.

Produção ambiciosa, “Era uma vez... no Brasil” está orçado em R$ 12 milhões. Segundo Guga Oliveira, será o filme mais caro da história do cinema nacional.

O diretor diz que já conseguiu captar cerca de 40% dos recursos e espera que grandes empresas se engajem no projeto. Silvio Santos não tem dado palpites, mas tem manifestado especial interesse em saber qual ator que o representará na telona.

A reconstituição de época dará trabalho. Guga Oliveira pretende resgatar a Lapa boêmia, onde Silvio Santos nasceu, o Cassino da Urca, o Café Nice, a Rádio Nacional e a TV Tupi.

Até o desfile da Tradição, em 2001, quando Silvio foi homenageado e desfilou pela escola, será remontado. A trama terminará com o desfecho do seqüestro: a rendição de Dutra.

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