CVRD teve prejuízo de R$ 216 milhões no terceiro trimestre

Webpiaui

Atualizada em 27/03/2022 às 15h26

A Companhia Vale do Rio Doce fechou o terceiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 216 milhões, de acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira. Foi o primeiro resultado trimestral negativo desde 1994. Os números não são consolidados.

Apesar de ser exportadora e de ter a maior parte de seus custos em moeda local, a Vale sentiu o impacto da desvalorização do real sobre dívidas denominadas em moeda estrangeira. As variações monetárias líquidas tiveram efeito negativo de R$ 2,1 bilhões no resultado. As despesas financeiras líquidas saltaram de R$ 686 milhões para R$ 2,6 bilhões.

No terceiro trimestre do ano passado - quando o dólar também subiu, mas em menor escala, a Vale contabilizou lucro de R$ 1,2 bilhão. O prejuízo no terceiro trimestre não impediu que a mineradora encerrasse os nove primeiros meses de 2002 com lucro de R$ 502 milhões. Ainda assim, o desempenho ficou bem abaixo do ganho de R$ 2,4 bilhões registrados pela controladora no mesmo período do ano passado.

A receita líquida da empresa aumentou 27% e atingiu R$ 2,2 bilhões entre julho e setembro. A geração de caixa também melhorou, passando de R$ 986 milhões para R$ 1,2 bilhão. A margem bruta caiu de 48,7% para 45,5% devido à elevação dos custos, entre eles combustíveis e aquisição de produtos.

A Vale comercializou no terceiro trimestre 36,9 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas, número que representa alta de 6,5% sobre o mesmo intervalo de 2001. Essa área contribuiu com 80% do faturamento da companhia. A companhia também elevou o volume transportado por suas ferrovias, que atingiu 3,9 milhões de toneladas quilômetro útil (tku).

A alta foi de 16,5%. Neste exercício, a Vale constituiu R$ 377 milhões em provisões para perdas em controladas e controladas por estarem com passivo a descoberto. Foram R$ 138 milhões nas ferrovias FCA e MRS Logística, R$ 53 milhões na Pará Pigmentos e R$ 107 milhões na Albrás. Nessa última, não havia qualquer provisão um ano atrás.

A Vale prevê um crescimento de 20 milhões de toneladas no volume de minério de ferro e pelotas transacionado mundialmente, atingindo a marca de 470 milhões de toneladas. Em 2003, a expectativa é de que a demanda alcance 490 milhões de toneladas. A participação das vendas para a Europa no faturamento da companhia aumentou de 19,6% para 25% no terceiro trimestre deste ano, principalmente devido à intensificação dos embarques para a Alemanha e Leste Europeu.

Ao mesmo tempo, as vendas para os Estados Unidos caíram de 8,2% para 5% do total, com a desaceleração econômica nesse país.

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