Dólar empurra os preços no atacado e no varejo

Alana Gandra, Agencia Brasil - ABr

Atualizada em 27/03/2022 às 15h26

Rio – O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de outubro (4,21%) foi fortemente influenciado pelo dólar, constituindo a maior variação desde fevereiro de 1999, quando ocorreu a desvalorização do Real. Do mesmo modo, o Índice de Preços por Atacado (IPA-DI) mostrou variação de 6,02%, superando o índice de setembro em 2,18 ponto percentual, o maior desde 1999. A informação foi dada hoje, no Rio, pelo economista Salomão Quadros, da Fundação Getúlio Vargas.

Salomão atribui o salto do IGP-DI de setembro (2,64%) para outubro (4,21%) à valorização cambial. Segundo ele, o impacto é maior nos preços do atacado, onde os repasses se mostram mais intensos e contaminam os preços no varejo. Dentro do próprio IPA, as matérias-primas estão subindo em ritmo menor que os produtos acabados. O grupo Alimentação no IPA elevou-se 9,10%, enquanto as matérias-primas tiveram aumento de 7,30%.

O economista observou que os aumentos de preços estão generalizados. Prova é que o núcleo da inflação, com 0,97%, ficou muito próximo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), cuja variação foi de 1,14% em outubro. Salomão Quadros afirmou que, nos próximos meses, mesmo admitindo recuo do dólar, haverá pressão inflacionária, em função da desvalorização significativa do Real, razão pela qual não se pode prever quando esse fator vai desaparecer dos índices, analisou.

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