A chegada do sorotipo 3 do vírus da Dengue a São Luís trouxe de volta o fantasma da epidemia da doença à cidade. Essa variação da dengue foi detectada na capital este ano. Antes, apenas os sorotipos 1 e 2 haviam sido detectados.

O risco trazido pelo novo tipo de dengue é por causa da vulnerabilidade do sistema imunológico dos moradores que já foram infectados, desde que a doença chegou à capital, em 1996, um ano após o país voltar a registrar casos de dengue.

Foi esse tipo de vírus da Dengue que provocou a última epidemia no país. O Rio de Janeiro teve mais 50 mil casos registrados no ano passado e alguns dos pacientes tiveram uma evolução para o quadro hemorrágico da doença. Em São Luís, apenas este ano, se registrou casos da versão hemorrágica da doença. Foram três casos anotados, ambos no primeiro trimestre do ano.

Segundo o coordenador da campanha de intensificação de combate à dengue, Pedro Tavares, a situação hoje, na capital, está controlada. “Os números estão dentro do que se esperava. Não há grandes riscos. O perigo de epidemia existe, porque é uma nova variação da doença e o sistema imunológico dos moradores não está preparado para enfrentá-la. Há toda uma programação sendo montada para que, nesses próximos dois meses, se crie possibilidade de controle da situação, como ocorre atualmente”, assegurou.

Campanha - Mesmo assim, a cidade foi selecionada para ser uma das prioridades da campanha de intensificação de combate à dengue. Tavares justificou a indicação de São Luís pelo fato de a cidade ser a mais populosa do estado e por ser uma das portas de entrada do país. “Aqui, temos portos e aeroportos que servem de ligação com outras regiões do país e do mundo e que ainda têm problemas com a doença. Além disso, São Luís tem a maior população do estado e as condições propícias para realizar o combate à doença de maneira eficaz”, explicou.

O principal dia de esforço será 23 de novembro. Nessa data, que é declarado o Dia Nacional de Combate à Dengue, haverá uma programação destinada a disseminar informações sobre como combater a doença. “A programação ainda não está definida, mas deverá acontecer em toda a cidade”, finalizou o coordenador Pedro Tavares.

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