Urnas são guardas nas casas de mesários em MS

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

Os 4.218 presidentes de mesa que vão trabalhar nas eleições em Mato Grosso do Sul no próximo domingo começaram ontem a receber os materiais que serão usados na seção.

Cartazes, formulários para justificativa de voto, atas, cadernos de votação, crachás de identificação e até a cabina eleitoral fazem parte do kit entregue ao presidente.

No entanto, o bem mais precioso que eles tiveram que levar para a casa foi a urna eletrônica.

Eles ficarão com as urnas guardadas em suas residências até domingo, dia da eleição.

A partir de ontem, a segurança da urna é responsabilidade dos presidentes de mesa da eleição.

E alguns dos presidentes de mesa já estão acostumados com o ritual desde quando as urnas eram de lona. Na 8ª Zona Eleitoral em Campo Grande, o trabalho de entrega das urnas vai até amanhã.

Ontem, na primeira hora de distribuição das urnas, 20 presidentes de mesa compareceram ao cartório.

As urnas só foram entregues após serem testadas se estavam funcionando corretamente.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) disponibilizou transporte para os presidentes de mesa que não possuíam automóveis, tudo para que as urnas não fossem transportadas por transporte coletivo urbano.

É a forma de a Justiça Eleitoral garantir o transporte seguro das urnas. De acordo com a chefe do 8º Cartório, Maria Zarife, existe total segurança contra fraudes nas urnas.

"Todas estão programadas para abrir somente às 7 horas da manhã de domingo", explicou Maria.

Mesmo assim, a responsabilidade para os presidentes de mesa é grande.

Caso tenham a urna roubada, por exemplo, terão que arcar com as responsabilidades. "Temos que fazer o boletim de ocorrência", explicou Tatiane Loureiro, presidente da seção 283.

O agente penitenciário Adiel Rodrigues Barbosa sente o peso de ser pela primeira vez convocado a ser presidente de mesa. "Eu levei um susto quando descobri que teria que guardar a urna em casa", disse.

O local escolhido por Adiel para guardar a preciosa urna foi o compartimento mais alto do guarda-roupa, longe inclusive da curiosidade do filho, o pequeno Murilo de 1 ano e seis meses de idade.

Adiel promete não sair de casa até domingo. "Vou cuidar dessa urna como cuido dos presos lá do Instituto Penal", prometeu.

Para quem está no oitavo pleito eleitoral como presidente da mesma seção, a 197, da 8ª Zona Eleitoral, a tranquilidade é maior.

"Eu sempre assumi responsabilidades, portanto a urna é de menos", explicou o ex-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, João Pereira da Rosa.

O médico de 73 anos assume o trabalho nas eleições como uma missão. "Se é missão você tem que cumprir e não se discute", afirmou João Pereira, que tem trabalha na presidência da mesa de votação.

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