Abertos inquéritos contra Prefeitura de São Luís

Ministério Público Estadual vai apurar denúncias de irregularidades praticadas pela administração municipal.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

O Ministério Público Estadual abriu esta semana dois inquéritos civis para apurar denúncias de irregularidades na Prefeitura de São Luís. A informação é do promotor de Desfesa do Patrimônio Público, Danilo Castro.

O primeiro inquérito vai investigar a suposta existência de “Caixa 2” e sumiço de oito caminhões da Coliseu. O outro irá apurar a “construção” de uma ciclovia na recém-inaugurada avenida São Luís Rei de França, no Turu.

Danilo Castro explicou que encaminhou ofícios à Coliseu e à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) pedindo informações sobre a obra e a entrada e saída de recursos na companhia de limpeza da prefeitura. Ele ainda não definiu a data dos depoimentos, que devem começar na próxima semana.

Coliseu - No caso da Coliseu, o primeiro a depor será o diretor administrativo-financeiro do órgão, José Raimundo Gonçalves. Em relação à ciclovia, devem ser ouvidos o empresário Carlos Tadeu D’Aguiar Silva Palácio, irmão do prefeito Tadeu Palácio, um dos proprietários da Opus Engenharia, e a funcionária municipal Zeli Rodrigues Carneiro Palácio, cunhada do prefeito e sócia do empresário na Opus. A obra foi iniciada na gestão do ex-prefeito Jackson Lago.

Todos os dois casos serão alvo também de investigação da CPI do Dinheiro Público instalada pela Câmara Municipal. Segundo denúncia do vereador Pedro Celestino (PV) e feita no horário eleitoral pelo PRP, a calçada do lado direito da avenida São Luís Rei de França custou aos cofres públicos R$ 986.382 e foi construída pela Opus Engenharia.

Nesse lado deveria estar construída a “ciclovia”, mas o que existe são apenas duas faixas amarelas pintadas no chão onde os pedestres têm de disputar espaço com os ciclistas. Já o outro lado da avenida custou à Prefeirura R$ 512.961 e foi construída pela Módulo Engenharia.

Cunhada - Outra irregularidade está no fato de a cunhada de Tadeu Palácio, Zeli Rodrigues Palácio, ser funcionária do Cerimonial do Palácio Laravardière, ao mesmo tempo em que é sócia da Opus Engenharia. Ou seja, uma funcionária municipal ganhou pela realização de uma obra construída no próprio município onde trabalha, o que é proibido por lei.

Nas poucas explicações que têm dado sobre o assunto, o ex-prefeito Jackson Lago e o seu ex-vice Tadeu Palácio alegaram que o lado direito da avenida é mais largo que o esquerdo e por isso custou mais caro. Em relação ao fato de uma funcionária municipal participar de uma empresa que ganhou uma obra na cidade eles até hoje não comentaram o assunto.

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