Executores de Stênio vão a júri em outubro

Mais três dos envolvidos na morte do delegado, ocorrida em maio de 97, sentarão no banco dos réus em outubro.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 15h30

Mais três dos 13 acusados de envolvimento na morte do delegado Stênio Mendonça irão a julgamento em outubro, na 5ª sessão ordinária de 2002 da 2ª Vara de Execuções Criminais. Ismael Costa, José Rodrigues da Silva, o Zé Júlio, e Máximo Moura Lima, sentarão no banco dos réus nos dias 22 e 25 de outubro.

Os dois primeiros a serem julgados serão Ismael Costa e Zé Júlio, no dia 22 de outubro. A sessão está marcada para as 8h30, no salão do júri popular do Fórum Desembargador Sarney Costa e deve ser presidida pelo juiz Ronaldo Maciel, que acompanhou os outros sete julgamentos de envolvidos na morte do delegado Stênio Mendonça.

Ismael Costa, preso em 19 de fevereiro de 2000, em Tailândia, no Pará, é acusado de ter executado o delegado na avenida Litorânea, na manhã de 25 de maio de 1997, em uma emboscada tramada por José Humberto de Oliveira, o Bel, José Gerado, Joaquim Laurixto e o casal Moura.

O executor - No início das investigações, a polícia trabalhou com a possibilidade de o crime ter sido praticado por Cabo Cruz - executado em 3 de julho do mesmo ano com o restante do bando de Bel -, mas, ao longo das apurações complementares, a polícia concluiu que seria Ismael Costa o autor dos disparos, recebendo a cobertura de Zé Júlio e de Cabo Cruz. O resultado positivo das perícias balísticas realizadas nos projéteis retirados do corpo do delegado contribuiu para essa conclusão.

As balas que atingiram o corpo do delegado partiram do revólver Magnun 357, apreendido em poder de Ismael Costa, em Tailândia, no Pará. Além desta arma, a polícia apreendeu, ainda, um fuzil Fao que estava em poder do acusado. De acordo com as investigações, Ismael era o homem de fé citado nos autos do inquérito instaurado em maio de 1997, que havia sido trazido de Imperatriz e ficara hospedado na casa de Bel, em São Luís.

Na ocasião, Laurixto teria comprado do ex-policial civil Claudenil de Jesus, o Japonês, o revólver Magnun 357, que ele havia adquirido no Paraguai.

Na cobertura - Além de Ismael, Laurixto teria trazido também de Imperatriz, o pistoleiro Zé Júlio, que seria um dos homens que dariam cobertura à ação criminosa. No dia do crime, Cabo Cruz, Ismael e Zé Júlio conversaram entre si e decidiram uma melhor estratégia para cercar o delegado.

Os três pistoleiros foram para a avenida Litorânea armados. Cabo Cruz, com uma pistola 380, que teria falhado ao ser acionada; Ismael, que portava o revólver Magnun 357, cuja arma teria partido os cinco disparos que mataram o delegado; e Zé Júlio, quem teria chamado a atenção do delegado, mas não efetuou nenhum disparado porque não houve necessidade. O delegado estava desarmado. Ele havia deixado a sua pistola no banco do carro e não teve tempo de pegá-la.

Ao avistar Zé Júlio, Stênio Mendonça teria percebido que estava sendo emboscado e correu para pegar sua arma, mas, ao abrir a porta do carro, foi atingido pelos tiros. Dois deles perfuraram-lhe o rosto, um o braço, transfixando o corpo, e dois no tórax.

Praticado o crime, os criminosos fugiram em dois carros, um deles conduzido por Carlos Antônio Maia, o Carlinhos, já condenado a 17 anos de reclusão, e, o outro, teria sido conduzido por Carlos Antônio Martins, cunhado de Bel, que ainda é foragido da Justiça.

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