RIO - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de agosto apresentou variação de 0,65% e ficou 0,54 ponto percentual abaixo do IPCA de julho (1,19%). No acumulado do ano, o IPCA ficou em 4,85%, abaixo do percentual de 5,06% registrado no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o índice situou-se em 7,46%, pouco abaixo do resultado dos 12 meses imediatamente anteriores, 7,51%. Em agosto de 2001 a taxa mensal foi 0,70%. As informações são do IBGE.
A média das projeções do mercado financeiro apostava em índice de 0,65% em agosto, conforme apurou a última pesquisa Focus do Banco Central.
Pão e farinha em alta - Influenciado pela desvalorização do real, o pão francês exerceu o maior impacto individual na inflação medida pelo IPCA, respondendo por 0,14 ponto percentual da taxa apurada em agosto. O produto, que tem o trigo como principal insumo, aumentou 9,7% no mês, acumulando 15,6% de alta no ano.
Ao todo, o grupo de alimentos e bebidas registrou inflação de 1,94% em agosto. Além do pão francês, outros produtos vinculados ao dólar tiveram altas expressivas, como a farinha de trigo (11,69%), óleo de soja (7,48%), pão doce (7,31%) e o macarrão (4,23%).
Tarifas em baixa - O recuo da taxa perante julho, quando ficou em 1,19%, foi atribuído pelo IBGE à menor intensidade dos reajustes de preços administrados. As tarifas de telefone fixo, por exemplo, saíram de uma alta de 10,54% (a maior contribuição de julho) para um aumento residual de 0,3%. O gás de cozinha, já refletindo parte da intervenção do governo, retrocedeu 3,11% e a gasolina caiu 1,39%. No cômputo geral, os produtos não-alimentícios registraram variação positiva de 0,29%, bem inferior à taxa de 1,23% apurada em julho.
O IPCA é calculado se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos. A pesquisa de preços é realizada em nove regiões metropolitanas do país, além de Goiânia e de Brasília.
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