Minha Casa, Minha Vida

Casas do Residencial Nova Terra continuam invadidas

Sorteados reclamam que não conseguem morar em suas casas por estarem com invasores.

Liliane Cutrim/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h01

SÃO LUÍS - Muitas casas do loteamento Nova Terra, em São José de Ribamar, do programa do Governo Federal, “Minha Casa, Minha Vida” continuam ocupadas por invasores. Apesar de terem sidos retirados pela Polícia Federal no mês de agosto, alguns invasores se negam a sair das casas para dar lugar aos verdadeiros donos.

 Polícia Federal fez operação de retirada dos invasores no mês de agosto. Foto: Biamam Prado/O Estado.
Polícia Federal fez operação de retirada dos invasores no mês de agosto. Foto: Biamam Prado/O Estado.

Uma internauta, que não quis se identificar, informou ao Imirante.com que recebeu a convocação da Caixa Econômica Federal (CEF) para assinar o contrato da casa no Residencial Nova Terra, mas apesar de ter o termo de posse do imóvel ela não conseguiu entrar na residência pois há outra pessoa morando. “O homem que está na minha casa disse que vai procurar o advogado dele e depois me dar um parecer. Ele me disse que pela constituinte ele também tem direito à casa e que vai brigar na Justiça pela posse dela”, disse a internauta.

 Casas ainda são oculpadas por invasores. Foto: Liliane Cutrim/Imirante.com.
Casas ainda são oculpadas por invasores. Foto: Liliane Cutrim/Imirante.com.

A internauta afirma, ainda, que o invasor admitiu ter um documento falso da casa. E que ele tem direito a residência, pois na reintegração de posse realizada em agosto, o determinado seria que as casas invadidas fossem ocupadas pelo dono no prazo de 30 dias, mas somente em algumas residências essa determinação foi cumprida. Devido a demora na ocupação, qualquer um teria direito de invadir a casa.

O delegado da Polícia Federal, Rodrigo Mota, confirmou que a PF tem recebido algumas denúncias de novas invasões nas casas do Nova Terra, mas que nenhuma equipe policial foi enviada ao local, pois é a Caixa quem está tomando as providencias. “Para façamos alguma intervenção a Caixa deve entrar com uma ação judicial pedindo a reintegração de posse. Mas até o momento não fomos acionados”, explicou. O delegado falou que, quanto à existência de documentos falsos da casa, caso a Caixa tenha confirmação disso, um inquérito poderá ser aberto para investigar o fato.

Retomada de posse

A superintendência da Caixa Econômica Federal no Maranhão não negou que haja invasores em algumas casas do Nova Terra, mas garante que são casos isolados. Segundo a CEF tem uma equipe da Gerência de Filial de Alienação de Bens Moveis e Imóveis (Gilie) que recebe as ocorrências de ocupação ilegal e vai até a residência fazer a retirada do morador indevido. “Ainda não tivemos problema em tirar essas pessoas das casas. Os que dizem que vão entrar na Justiça falam pra fazer barulho, pois não há como ele ficar com a casa que já tem dono”, afirma o superintendente da Caixa, Hélio Duranti.

Hélio Duranti garantiu que todos os dias há uma equipe de fiscalização da Caixa no local fazendo a vistoria nos imóveis para evitar a ocupação ilegal. Segundo ele é impossível que um invasor fique nas casas. Os residenciais serão arrumados e só os verdadeiros beneficiados vão morara nelas. “As reformas dos imóveis que foram danificados pelos invasores retirados em agosto vão iniciar no fim do mês. Vamos deixar tudo pronto e regularizado”, informou.

Denúncias

As pessoas que já assinaram contrato da casa junto a Caixa Econômica e não conseguiu tomar posse por causa de invasores, devem procurar a delegacia mais próxima de sua residência e registrar o Boletim de Ocorrência (B.O) e depois entregá-lo no Centro Social Vila Sarney Filho, no Maiobão, onde estão sendo assinados os contratos das casas, ou deixar na Caixa Econômica do Renascença II. Após o recebimento do B.O, a CEF vai enviar a equipe do Gilie para notificar os invasores e providenciar a retirada deles.

Endereço da Gerência de Filial de Alienação de Bens Moveis e Imóveis (GILIE):

Rua Quéops, Q 22, Nº 11, Edifício Zurich, Sala 202, Renascença II.

Telefone: (98) 3268-4900 / 0800 726 62 68

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