Meio Ambiente

Conferência discute "Gestão dos Resíduos Sólidos" em Pinheiro

Divulgação/Sema

Atualizada em 27/03/2022 às 12h06

PINHEIRO - A Conferência Regional do Meio Ambiente em Pinheiro reuniu, nesta quarta-feira (3), cerca de 240 pessoas, na Universidade Federal do Maranhão - Campus II, na Estrada Pinheiro-Pacas, km 10, s/nº - Bairro da Enseada. O evento, que discutiu o tema "Gestão dos Resíduos Sólidos", foi encerrado após a eleição de 20 propostas elaboradas pelos grupos de trabalho e dos delegados da regional. A expectativa é de que em Pinheiro sejam eleitos 80 delegados. Eles deverão participar da IV Conferência Estadual do Meio Ambiente, marcada para o período de 3 a 5 de setembro de 2013, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, em São Luís.

A secretária adjunta de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema), Lorena Saboya, representando o secretário Victor Mendes, deu início aos trabalhos. Compuseram, ainda a mesa, o secretário municipal de Meio Ambiente de Pinheiro, Hugo Cordeiro, representando o prefeito Filuca Mendes; o diretor do Campus da Ufma de Pinheiro, Rickley Marques; a promotora de Justiça de Mirinzal, Lícia Ramos Cavalcanti; o gestor da Unidade Regional de Educação de Pinheiro, Antônio Fernando Jansen Pereira Mitoso; a coordenadora do Fórum Municipal de Meio Ambiente e Agenda 21 de Cururupu, Célia Cristina da Silva Pinto (representando a sociedade civil organizada); e Edson Wanderly Pinheiro, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Pinheiro, representando o setor empresarial.

Lorena Saboya agradeceu a resposta positiva dada pelos municípios mobilizados para o evento. "Ver os municípios presentes na Conferência discutindo este tema urgente e fundamental para qualquer cidade, é de suma importância para que possamos ter um desenvolvimento sustentável no Maranhão", afirmou.

O secretário Hugo Cordeiro destacou que a discussão do tema tem relevância para todo o Estado tendo em vista a problemática da geração de resíduos sólidos e a destinação desses resíduos para lixões que deverão ser fechados até agosto de 2014. "Espero que a conferência contribua para solução deste problema e que os participantes aproveitem os debates", afirmou.

A coordenadora do Fórum Municipal de Meio Ambiente e Agenda 21 de Cururupu, Célia Cristina da Silva Pinto, e Edson Wanderly Pinheiro, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, ressaltaram a importância da participação social na Conferência e a discussão do tema.

Para que os representantes de 36 municípios pudessem debater com mais profundidade sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos nos subeixos: Produção e Consumo Sustentáveis, Redução dos Impactos Ambientais, Educação Ambiental e Geração de Emprego e Renda, foram ministradas três palestras relacionadas ao tema.

Na palestra sobre as ações de “Gestão de Resíduos Sólidos da Prefeitura Municipal de Pinheiro", o secretário Hugo Cordeiro, apresentou o diagnóstico dos resíduos sólidos do município. Ele destacou que 55% dos resíduos dos estabelecimentos comerciais são recicláveis e que a prefeitura também traçou o perfil dos catadores. "Este diagnóstico é o primeiro passo para o futuro fechamento do lixão e construção do aterro sanitário, da implantação de uma coleta seletiva e da criação de um centro de triagem que fortalecerá os grupos de catadores", explicou.

A coordenadora local do Projeto da Sema "Agentes do Verde" , Gerlane Dias, fez uma palestra sobre a experiência do projeto na Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense.

A moradora do povoado Santo Antônio dos Carvalhos, Idalina Ribeiro, 28 anos, disse que antes do projeto tinha uma visão diferente do meio ambiente e desperdiçava materiais que poderiam ser reaproveitados. "Agora eu vejo que posso utilizá-los e até gerar renda e quero, também, repassar o que aprendi para minha comunidade", comentou.

Palestra

O Prof. Dr. em Ciências da Engenharia Ambiental, Ozelito Possidônio de Amarante Júnior, ministrou a palestra "Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos: redução de impactos ambientais". Na ocasião informou que de acordo com as pesquisas feitas pelo Centro de Pesquisas Avançadas em Ciências Ambientais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Ifma), 60% dos resíduos levados para os aterros ainda são restos de alimentos que poderiam ser utilizados para produção de adubos. Além disso, todo o lixo recolhido no Maranhão não é tratado, contaminando o solo, a água e o ar.

Ainda de acordo com a pesquisa, 17% do lixo que vai para os lixões maranhenses são compostos por materiais plásticos que liberam substâncias tóxicas. "Essas substâncias afetam o sistema endócrino desregulando as glândulas e também podem causar diversos tipos de câncer. Entre eles, câncer de mama, câncer de ovários, câncer de testículos, além da redução da produção de espermatozóides e até mesmo a diminuição do tamanho do órgão sexual masculino", alertou.

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