PAÇO DO LUMIAR - Um exame de DNA confirmou que o corpo encontrado em um matagal no dia 8 de outubro, em Paço do Lumiar, é do jovem Marcelo Melo Machado, de 25 anos, que sofria de esquizofrenia e estava desaparecido após ter sido visto pela última vez entrando em uma viatura policial no bairro Pindoba, no dia 6 de setembro.
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O corpo de Marcelo Machado permanece no Instituto Médico Legal (IML), em São Luís, e ainda será liberado para sepultamento. Após a confirmação da identidade do cadáver, a polícia investiga agora as causas da morte do jovem.
Até o momento, os principais suspeitos do crime são o sargento Luís Magno da Silva e o soldado Giovani dos Santos Silva, que já foram afastados por decisão do Comando Geral da Polícia Militar. Os dois policiais disseram ter levado o jovem na viatura e depois entregue a supostos conhecidos, mas ninguém confirmou a versão dos PMs.
Os dois policiais foram indiciados por abandonarem Marcelo, que estava sobcustódia da PM e era incapaz de se defender dos riscos resultantes do abandono, o que é considerado crime militar. Além deles, outros dois policiais que coordenaram a ocorrência no Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS) também foram indiciados porque teriam que acompanhar o caso até Marcelo ser levado à delegacia.
“Os policiais militares foram indiciados no inquérito. Nós afastamos os policiais e vamos abrir um conselho de disciplina e de justificação. A Polícia Militar não coaduna com qualquer desvio ou qualquer ocorrência em que o policial militar sai do padrão legal no atendimento de uma ocorrência”, afirmou Pedro Ribeiro, comandante da Polícia Militar, em entrevista ao g1 Maranhão.
José dos Santos Machado, pai de Marcelo, lamentou a morte do filho e disse que o crime cometido contra ele foi bárbaro. “Depois que os dois policiais pegaram meu filho mais nenhuma pessoa olhou ele. Só olharam nesse dia que pegaram ele e depois disso aí não olharam mais, não olharam mais. Nós vasculhamos aquela área todinha onde foi encontrado e ninguém viu. Depois de um mês foi que encontraram o cadáver do meu filho. Uma barbaridade o que fizeram com meu filho”, disse.
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