eleições 2022

Pré-candidaturas ao Governo pautam discursos na Assembleia

Pelo menos três parlamentares usaram a tribuna para reforçar suas posições acerca de projetos eleitorais para o estado

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
(Assembleia Legislativa)

SÃO LUÍS - Parte das pré-candidaturas ao governo maranhense pautou os discursos na sessão de ontem (5) na Assembleia Legislativa do Maranhão. A tendência é que o assunto volte a repercutir hoje, 6.

O primeiro a trazer a temática foi o deputado estadual Adelmo Soares (PCdoB). Ele teceu elogios ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB), cuja pré-candidatura é defendida por parte da base do governo e, dizem aliados, pelo próprio governador Flávio Dino (PSB).

Ao citar agenda cumprida em Timon na semana passada pelo Executivo, o comunista disse que Carlos Brandão é um homem capacitado para manter as políticas atuais do governo. "O Carlos Brandão atende aos requisitos para dar continuidade ao trabalho do governador Flávio Dino. Eu espero que haja consenso interno e o reconhecimento de que ele [Brandão] é o melhor nome", afirmou.

Em seguida, o deputado Marcos Caldas (sem partido), ao demonstrar preocupação com a queda no percentual de arrecadação dos pescadores e criadores com a possível incidência da "urina preta", citou a entrega futura do Hospital do Amor, em construção em Imperatriz e uma das plataformas do pré-candidato e senador, Weverton Rocha (PDT).

Caldas elogiou indiretamente o pedetista pela iniciativa.
Sem declarar apoio direto, o parlamentar frisou a importância do trabalho de Weverton.

O deputado estadual César Pires (PV), por sua vez, mencionou a agenda considerada positiva por aliados no interior com lideranças para a consolidação da pré-candidatura do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (SD). Pires destacou a mobilização de dirigentes religiosos e comentou sobre a terceira pesquisa Escutec/O Estado que coloca, em alguns cenários, o ex-prefeito na segunda colocação em estimativas. "Isso somente faz crer que estamos no caminho certo e que essa pré-candidatura, defendida por mim e que nasceu lá atrás com contato com o [Gilberto] Kassab, tem tudo pra dar certo e somente cresce", disse.

Faltando um ano para as eleições majoritárias, os debates acerca das pré-candidaturas ganham corpo. Ao mesmo tempo, aliados do governador Flávio Dino se preocupam com a dissolução de projetos de prováveis candidaturas com partidos da base de apoio dos Leões.

A crítica é sobre a ausência de uma mobilização à um único projeto. O temor é que o cenário visto em 2020 se repita, quando uma espécie de consórcio de candidaturas formado para minar o projeto político do atual prefeito e então candidato, Eduardo Braide (Podemos) implodiu qualquer tentativa de aglutinação no segundo turno. À época, apesar de Duarte Júnior (Republicanos) ter se colocado na disputa, o racha anterior impediu qualquer tentativa de vitória do então candidato governista na capital.

Outro tema

Um ponto de debate na Casa também foi a queda no faturamento da rede comercial de pesca do Maranhão. Além de Marcos Caldas, o deputado estadual Roberto Costa (MDB) também demonstrou preocupação com o tema.
Para o emedebista, é necessária uma intervenção direta do governo estadual no tema. De acordo com especialistas, em alguns municípios, a queda de faturamento é de 90%.


Dino intensifica agenda com prefeitos e em municípios visando 2022

Em meio à queda nos índices de aprovação de seu mandato no estado, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB) intensificou a agenda com prefeitos e pelo interior nas últimas semanas. Na semana passada, o gestor esteve por exemplo nas cidades de Timon e Morros e agenda de entrega de obras e aproveitou para estreitar relação com correligionários.

Nesta segunda-feira (4), o governador cumpriu agenda no Palácio dos Leões com representantes políticos do interior. Segundo o próprio governador, nas redes sociais, foram firmadas parcerias e consolidados diálogos sobre demandas.

A ideia do governador é ainda estreitar contatos mirando 2022, temendo perder ainda mais o controle sucessório, garantir base eleitoral para manter preponderância no Legislativo e, de quebra, assegurar sua eleição para o Senado Federal.

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