Pesquisa

Na pandemia, vacinação e envelhecimento saudável são prioridades para adultos

Estudo Vacinação de Adultos e Envelhecimento Saudável: Lições da Covid-19, realizado pela Kantar com apoio da GSK, entrevistou 16 mil adultos em oito países, inclusive o Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Idoso toma dose de vacina em São Luís: prevenção e cuidado
Idoso toma dose de vacina em São Luís: prevenção e cuidado (vacina campanha)

Rio de Janeiro - Um estudo realizado pela Kantar, encomendado pela farmacêutica GSK, sobre as percepções da vacinação e seu papel na saúde e bem-estar, mostrou que os comportamentos mudaram com a pandemia da Covid-19 e que, agora, mais pessoas, valorizam a boa saúde em vez da segurança financeira.

A pesquisa online entrevistou 16.000 adultos com mais de 50 anos do Brasil, Reino Unido, Espanha, Itália, França, Alemanha, EUA e Canadá, ao longo dos meses de julho e agosto de 2021, sendo 2.000 em cada país.

O estudo aponta que, mesmo antes da Covid-19, 59% dos brasileiros entrevistados consideram importante manter a vacinação de rotina em dia - acima de todos os demais países participantes e seguido pelos EUA, com 52%. Já no cenário pós-Covid, no Brasil, a importância da atualização vacinal subiu para 83%, bem acima do segundo país da lista, o Canadá, com 67%. Nessa comparação da importância da atualização das vacinas nos cenários antes e após a Covid-19, os países que registraram maior aumento foram Itália, onde a percepção passou de 32% para 65% e Japão, com salto de 30% para 64%.

O estudo também revelou que a proporção de adultos no Brasil que consideraram a saúde pessoal, o bem-estar e a independência muito importantes também aumentou após a pandemia. Antes da Covid-19, 74% dos entrevistados os descreveram como importantes, percentual que aumentou para 85% com o advento da pandemia - quesito no qual o Brasil também está acima dos demais sete países, seguido pela Itália, com 84%. Ainda de acordo com a pesquisa, as mulheres têm maior probabilidade de classificar a saúde e o bem-estar como muito importantes no mundo pós-pandêmico (81%), comparado com os homens (71%).

Máscaras

Uma grande maioria (70% ou mais) de todos os entrevistados afirma que continuaria usando máscara em público e manteria práticas de distanciamento social quando estivesse doente. No Brasil, 85% acham que o uso de máscaras em público deve continuar (atrás somente do Japão, com 86%) e 83% acham que as medidas de distanciamento social devem permanecer quando estão doentes, quesito no qual o Brasil está acima dos demais sete países da pesquisa, seguido pelo Canadá, com 81%.

O aumento da conscientização sobre a importância da boa saúde se refletiu nos resultados do estudo, que mostrou que 81% dos adultos entrevistados no Brasil acham que será importante manter a vacinação de rotina em dia, bem como as doses de reforço.

"A pandemia propiciou uma oportunidade para termos conversas mais profundas com as pessoas sobre sua saúde geral e, em particular, como podem e devem se cuidar para terem um envelhecimento saudável. Com uma maior consciência das medidas preventivas que podem ser tomadas, como a vacinação de rotina, estamos vendo uma mudança na percepção das pessoas que pode proporcionar populações mais saudáveis a longo prazo", afirma o Dr. Jessé Alves, infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.

Oito em cada dez entrevistados no geral relataram ter recebido a vacina contra a Covid-19, com o mesmo número também relatando agora ter uma melhor compreensão dos benefícios da vacinação em geral.

Segundo dados do estudo, os brasileiros são os mais engajados com relação à própria saúde, com 88% dos entrevistados no país reportando ter feito exames de rotina nos últimos cinco anos, comparado com 84% da média da pesquisa. Entre as duas vacinas com maior resposta de adesão nos últimos cinco anos, o Brasil também está à frente dos demais países do estudo, com 89% relatando terem tomado a vacina contra Covid-19 (80% na média da pesquisa) e 73% terem tomado a vacina contra Gripe (54% na média da pesquisa).

No Brasil, 84% dos respondentes da pesquisa afirmaram que a autoproteção foi a principal razão pela qual eles queriam manter a vacinação em dia. A maior barreira para a adesão à vacinação de rotina foi a falta de informação. Dentre as pessoas entrevistadas no Brasil, 49% sugerem que haja mais informação e mensagens mais claras sobre quais vacinas são necessárias e por que são recomendadas. Já 47% defendem ter mais informação sobre quais doenças têm prevenção por meio da vacinação.


Metodologia da pesquisa

No total, 16.000 pessoas de oito países (Espanha, Itália, França, Alemanha, Brasil, EUA, Canadá e Japão) foram entrevistadas. A pesquisa teve como objetivo entender o papel que a vacinação desempenha na saúde e bem-estar entre pessoas com 50 anos e acima. 2.000 pessoas com mais de 50 anos de idade foram entrevistadas em cada país. A pesquisa foi realizada online durante julho e agosto de 2021.

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