Reação

Dino diz que Bolsonaro foi fazer discurso de fake news para a ONU

Socialista atacou presidente da República, Jair Bolsonaro, que cumpria missão internacional na Assembleia Geral da ONU realizada nos Estados Unidos

Ronaldo Rocha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
(Flávio Dino)

SÃO LUÍS - O governador Flávio Dino (PSB) criticou o discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada em Nova York, nos Estados Unidos da América (EUA).

Para o chefe do Executivo Estadual, Bolsonaro teria ido ao evento para fazer um discurso de "fake news". Ele também afirmou que o presidente está isolado e sem voz ativa no mundo.

"Bolsonaro foi para a ONU fazer discurso de "cercadinho", recheado de fake news e de agressões. Ele realmente quer o Brasil como "pária internacional", isolado e sem voz ativa no mundo. Imenso prejuízo para a nossa economia e para a imagem do Brasil", escreveu o comunista em seu perfil no twitter.

Flávio Dino também acusou Bolsonaro de ter sido "desleal" após críticas feitas a governadores e prefeitos de municípios brasileiros.

"Muita deslealdade de um chefe de Estado usar a tribuna da ONU para atacar governadores e prefeitos do seu país. E para insistir em mentiras sobre a pandemia. Esse é o Bolsonaro "moderado"?", completou.

Discurso - Durante o seu discurso na ONU, Bolsonaro afirmou que o Brasil mudou depois de ele ter assumido o Governo Federal. Ele disse não existir nenhum caso de corrupção no governo.

O presidente da República também disse que, quando assumiu o Poder, o Brasil estava "à beira do socialismo". Ele já havia feito essa afirmação durante sua primeira participação nesse evento há dois anos.

Acrescentou que as estatais davam prejuízo e hoje, sob sua administração, passaram a ser companhias lucrativas.

Foi justamente o que incomodou Flávio Dino.

Vacina - O brasileiro é o único entre os chefes dos países do grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20) a recusar publicamente a imunização, um dos principais tópicos do encontro.

A posição do presidente vai na direção oposta à estratégia do Itamaraty de vender uma agenda positiva no evento e melhorar a imagem do país no exterior. Por não estar vacinado, Bolsonaro ficou com circulação restrita em Nova York, já que a cidade exige imunização para uma série de atividades - a própria ONU orientou que as delegações estivessem imunizadas ao desembarcar nos EUA.

Bolsonaro estava acompanhado pelos ministros Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Marcelo Queiroga (Saúde), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Augusto Heleno (GSI), Luiz Eduardo Ramos (Segov), Anderson Torres (Justiça) e Gilson Machado (Turismo). O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e a primeira-dama, Michelle, também viajaram a Nova York.

A comitiva era composta ainda pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e pelo secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Flávio Rocha.

O voo de volta para Brasília estava marcado para as 21 horas (EUA), 22 horas de Brasília, de ontem.

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