São Paulo - Ao longo dos últimos anos, uma nova doença cerebral, que possui sintomas parecidos com o Alzheimer, foi relatada e publicada em um artigo na revista científica Brain em 2019. Trata-se da 'Late', sigla inglesa que corresponde a "Limbic-predominant Age-related TDP-43 Encefalopathy" ou, em português: encelopatia da proteína TDP-43 relacionada à idade predominante no sistema límbico. Mas qual é a diferença entre as duas e por que, inicialmente, elas se confundiam?
Ambas atingem a mesma região do cérebro (sistema límbico). Porém, o Alzheimer provoca a perda de memória e gradativa, se manifestando a partir dos 65 anos.
A Late, por sua vez, segundo a pesquisa, afeta mais de 20% dos idosos com idade superior aos 85 anos. O que distingue as duas doenças é a proteína TDP-43, tem a função de regular a atividade genética no cérebro. Quem sofre com Alzheimer, por sua vez, tem outras duas proteínas comprometidas: a tau e beta-amiloide.
Apesar de terem sintomas muito parecidos, a Late se desenvolve mais devagar. Como outras doenças neurodegenerativas, ela ainda não tem cura, mas sua descoberta é importante para a medicina e pode ajudar na evolução do tratamento de ambas as doenças.
Alzheimer
O mês de setembro marca datas simbólicas que alertam sobre doenças e a necessidade do cuidado com a saúde mental. Nesta terça-feira, temos o Dia Mundial da Doença de Alzheimer.
O Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro. A patologia atinge majoritariamente pessoas com mais de 60 anos. As funções cerebrais como memória, linguagem, cálculo, comportamento são comprometidas de forma lenta e progressiva, levando o paciente a uma dependência para executar suas atividades diárias. No Brasil, estima-se que temos 1,5 milhão de pessoas vivendo com demência.
Os principais sinais são a perda de memória e o comportamento alterado da pessoa. No entanto, não são os únicos pontos que devemos nos atentar; a insônia também é um fator que pode preocupar.
Um estudo publicado em 2020 pela Fundação Pasqual Maragall - especializada em Alzheimer - encontrou mudanças na estrutura cerebral que sugerem uma ligação entre a insônia e o desenvolvimento dessa doença neurodegenerativa. Outro fator que contribui é o uso de medicamentos para dormir a longo prazo.
Pesquisas realizadas com pessoas saudáveis mostraram que as que sofrem de insônia apresentam alterações em algumas áreas do cérebro que são afetadas nos estágios iniciais da doença de Alzheimer. Isso porque a doença causa a atrofia da parte do cérebro que controla a temperatura do corpo e a produção de melatonina, um hormônio que nos ajuda a dormir.
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