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Parlamentares do MA reagem a estudo sobre saneamento básico

Deputado federal Edilázio Júnior (PSD) e senador Roberto Rocha (PSDB) usaram as redes sociais para criticar o governo por índices do estado

Gilberto Léda/Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Roberto Rocha criticou a gestão estadual devido a índices ruins do saneamento básico
Roberto Rocha criticou a gestão estadual devido a índices ruins do saneamento básico (Roberto Rocha)

Gerou reações entre parlamentares maranhenses a divulgação do resultado de um levantamento do Instituto Trata Brasil mostrando que no Maranhão apenas 48% dos habitantes têm direito ao abastecimento de água, e somente 11% da população possuem coleta de esgoto em casa. Os dados fazem parte do Ranking do Saneamento 2021.

De acordo com o levantamento, O Brasil ainda não trata metade dos esgotos que gera (49%), o que representa jogar na natureza, todos os dias, 5,3 mil piscinas olímpicas de esgotos sem tratamento.

Nas 100 maiores cidades, em 2019, descartou-se um volume correspondente a 1,8 mil piscinas olímpicas diárias.

Em comentário no Instagram, o deputado federal Edilázio Júnior (PSD) disse tratar-se de um “legado” da atual gestão estadual.

“Esse é o legado que Flávio Dino vai deixar! Não conseguiu tirar os maranhenses da extrema pobreza, uma promessa de campanha”, disse.

Ao comentar o assunto, o senador Roberto Rocha (PSDB) destacou o fato de haver sido o único representante maranhense no Senado a votar a favor do chamado Marco Legal do Saneamento Básico.

"Saneamento Básico. O nome já diz: tão básico. Mas nem isso o Governo do Estado consegue oferecer à população. Ou seja, todo esse dinheiro está sendo jogado fora pelo ralo! E, aí, me perguntam: e o que você faz para ajudar? A minha resposta é com consciência limpa e tranquila: fui o único senador do Maranhão a votar SIM ao Novo Marco Legal do Saneamento Básico”, pontuou.

Desperdício

No caso do Maranhão, os números apontam ainda um segundo problema: o Estado tem desperdiçado dinheiro. Segundo o estudo, seriam economizados R$ 2,8 bilhões em saúde pública se água tratada e esgoto fossem levados a toda a população do estado.

O Trata Brasil e a GO Associados periodicamente consulta entidades do setor, autoridades, empresas operadoras e ONGs para aperfeiçoar a metodologia do Ranking. Desta vez, foram consultadas mais de 20 entidades em três meses de reuniões e consultas.

“Entre os consultados tivemos também técnicos da ANA, Ministério do Desenvolvimento Regional e até do Ministério da Saúde. Com isso, esse Ranking incorpora nova metodologia, o que deve ser considerado na hora de comparar a colocação das cidades com anos anteriores. O conteúdo pode ser visto no relatório completo disponível em www. tratabrasil.org.br”, diz uma nota oficial dos dois parceiros.

Parceria

Até o fechamento desta edição o Governo do Maranhão não havia se posicionado sobre o assunto. Recentemente, em agosto, a gestão estadual divulgou o resultado de uma reunião entre o governador Flávio Dino (PSB), o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), André dos Santos Paula, e o diretor regional Brasil Cone Sul da AFD, Philippe Orliange.

O objetivo foi tratar das próximas ações do convênio estabelecido entre a Caema e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para melhorar a eficiência dos serviços públicos de abastecimento de água e saneamento ambiental ofertados à população maranhense.

De acordo com o Executivo estadual, as tratativas de cooperação entre as instituições foram iniciadas em 2018. Três anos depois foi apresentado o Plano Estratégico para melhoria da capacidade organizacional e eficiência dos serviços prestados pela Caema, durante o Fórum da Cooperação Técnica AFD/Caema.

Mais

Campanha eleitoral de 2018

Em 2018, em meio ao debate eleitoral, ganhou destaque um convite feito pelo senador Roberto Rocha ao governador Flávio Dino: um banho na Lagoa da Jansen. O parlamentar alegava que o chefe do Executivo - que, então, tentava a reeleição - deveria aceitar a proposta, já que defendia que o local estava limpo.

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