Editorial

Resultados aparecem

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

A semana começa com a boa informação que o Brasil atingiu no domingo,12, três semanas consecutivas de queda na média móvel de mortes por Covid-19. Além disso, o número não registra alta há 78 dias. O índice atualmente é de 460,4 - 32,6% menor do que o registrado há duas semanas.

Na média móvel de casos, o cenário também é de queda. A última taxa aferida foi de 15.571,4, a menor desde 21 de maio de 2020. Nesta taxa, não há alta desde 24 de junho. Os índices são resultado da campanha de vacinação acelerada: hoje, o país conta com mais de 73 milhões de brasileiros totalmente imunizados.

O feriado prolongado do 7 de Setembro pode ter influenciado a queda dos números nos últimos dias. Isso porque os órgãos trabalham com equipes reduzidas e têm menos capacidade de inserir os dados nos sistemas. Com isso, pode haver uma compensação com aumento dos registros nos próximos dias.

No momento, o Brasil está na 8ª posição do ranking mundial de mortes proporcionais em 30 de agosto, ao ser ultrapassado pela Bulgária. Os dados são do Ministério da Saúde, enquanto as informações dos outros países são do painel Worldometer. A lista é liderada pelo Peru, com 5.929 mortes por milhão. No fim de maio, o país revisou os dados e subiu ao topo do ranking, posição antes ocupada pela Hungria.

Uma outra boa notícia: entra na fase 3, que inclui testes em humanos, estudo de cientistas brasileiros sobre os efeitos do canabidiol (CBD), um dos princípios ativos da maconha, no tratamento de sintomas de Covid longa, que persistem por 60 dias ou mais. Eles acreditam que a substância é eficaz contra problemas comuns relatados por esses pacientes, como fadiga e fraqueza muscular, entre outros.

E com ainda estamos na luta contra a Covid-19, a campanha “Vacina Sim” entra em uma nova fase em todo o país. O consórcio de veículos de imprensa, artistas, apresentadores e anônimos se unem para levar uma mensagem sobre a importância da imunização completa contra a Covid com as duas doses e para toda a população. No total, serão mais de 70 marcas que irão reverberar a mensagem e aumentar o coro sobre a conscientização da importância da vacinação.

A campanha mostra pessoas de diversas idades, classes sociais e estilos sendo tocadas por um sentimento de esperança graças ao avanço da vacinação no país. Além disso, os vídeos irão reforçar a importância da manutenção dos cuidados básicos contra a doença, como o uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento.

Por sua vez, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou para a próxima quarta-feira,15, o início da aplicação do reforço vacinal em idosos e em imunossuprimidos. O Maranhão, por exemplo, já começou a dar dose extra. O conflito de programas de vacinação fez o Ministério da Saúde divulgar uma nota em que adverte que " não garantirá doses para estados e municípios que adotarem esquemas vacinais diferentes" do definido no Plano Nacional de Imunizações.

A situação é inusitada, já que, no país, mais de 140 milhões de pessoas receberam ao menos uma dose da vacina, o que representa 66% da população, e mais de 70 milhões estão com a imunização completa, cerca de 33% dos brasileiros.

As vacinas não garantem 100% de eficácia contra o coronavírus, como já alertaram os cientistas —sua proteção é maior para impedir quadros graves, hospitalizações e mortes, mas a eficiência pode ser menor para a transmissão ou infecção assintomática. Assim, mesmo pessoas vacinadas podem contrair o vírus, adoecer e até morrer, embora em frequência muito menor do que os não imunizados.

E para fechar, levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que as cirurgias eletivas - que podem ser agendadas – caíram 25,9% no país no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020. A queda, de 4,2 milhões de procedimentos para 3 milhões, preocupa médicos e especialistas em saúde, que chamam a atenção também para a redução do número de consultas e exames. Estados e municípios fazem mutirões para tentar diminuir as filas.


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