Estado Maior

Gasolina judicializada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

A questão dos valores dos combustíveis no Brasil – ou em pelo menos 12 estados – acabou sendo judicializada. O Maranhão e mais 11 estados decidiram entrar com ação contra a Petrobras devido a propagandas que a empresa vem veiculando nas redes sociais culpando os estados, por meio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pelo preço elevado dos produtos nos postos de combustíveis.
A Procuradoria-Geral do Estado do Maranhão e dos demais entes federados alegam que a propaganda é uma desinformação ao publicizar a composição do valor dos combustíveis no Brasil. Claro que, na propaganda da Petrobras, os vilões são os governos estaduais, conforme vem dizendo o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Duas questões precisam ser analisadas neste jogo de empurra sobre a culpa para o consumidor pagar tão alto pelo combustível - que, por sinal, influencia o preço de uma série de outros produtos essenciais.
A primeira questão é que os nove aumentos recentes dos valores dos combustíveis são oriundos das refinarias, que praticam os preços de acordo com o dólar. Como a moeda americana anda em alta em relação ao real, os valores do litro de diesel e gasolina aumentaram em percentuais elevados.
A segunda questão é que, antes dos sucessivos aumentos dos produtos, o ICMS nos estados tinham o mesmo percentual de alíquota de hoje. Claro que, se aumenta o valor dos produtos nas bombas, os estados também ganham mais. Mas, os percentuais do ICMS são os mesmos de antes dos nove reajustes dos combustíveis.
O fato é que encontrar o culpado pelos altos valores dos produtos não resolverá a questão. Tirar a propaganda do ar também não reduzirá os preços. Os gestores, todos eles, precisam se concentrar em uma política econômica que não massacre o consumidor, como vem ocorrendo nos últimos meses.

Guerrinha
A guerra pela culpa dos valores altos dos combustíveis vem sendo o foco de governadores e do presidente Jair Bolsonaro.
Governadores pedem uma nova política econômica com redução do valor do dólar em relação à moeda brasileira.
Bolsonaro insiste em desafiar os gestores estaduais, para que eles reduzam as alíquotas do ICMS dos combustíveis.

Desconstrução
A pré-campanha eleitoral pelo governo do Maranhão ganhou novo momento. A campanha de desconstrução dos adversários começa a aparecer de forma mais evidente.
São notícias requentadas (para parecer recentes) dos pré-candidatos do Palácio dos Leões, o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB).
As redes sócias são o principal campo para essa batalha, e também divulgação de links em aplicativo de conversa.

Pré-campanha
Junto com a campanha de desconstrução, os pré-candidatos mantêm a agenda de reuniões (grandes por sinal) no interior do estado.
Reuniões com prefeitos e outras lideranças políticas têm sido o foco dos postulantes ao Palácio dos Leões em 2022.
E nesta pré-campanha há ações que se confundem com eventos oficiais do governo estadual e também com uma campanha eleitoral antecipada.

Maioria imunizada
A Prefeitura de São Luís divulgou dados mostrando que mais de 70% da população adulta da capital já está imunizada.
Isto significa que mais da metade da população adulta de São Luís já tomou duas doses dos imunizantes contra a Covid-19 ou tomaram dose única (no caso da Janssen).
Até o fim do ano, este percentual deverá aumentar ainda mais. Por enquanto, o município tem centrado esforços na aplicação da terceira dose para idosos em São Luís.

Provocação ou resposta?
Os dados da Prefeitura de São Luís não deixam de ser uma provocação (ou resposta) ao que disse o secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, sobre aplicação da segunda dose para outros moradores fora de São Luís.
O prefeito Eduardo Braide fez questão de publicar em suas redes sociais os dados afirmando que a capital consegue vacinar todos que buscarem a segunda dose.
Lula, por sua vez, fez questão de intensificar e publicizar as ações de aplicação da segunda dose nos postos de vacinação instalados pelo governo estadual.

DE OLHO

1,3 milhão de doses de vacinas contra a Covid-19 chegaram a São Luís e o percentual de aplicação dessas doses é superior a 86%.

Pressão
Deve aumentar a pressão de deputados sobre a Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB) devido à obra atrasada no Araçagi.
Além dos transtornos para quem precisa passar pela MA-203 com um trânsito demorado e muitos desvios, a rodovia tem se tornado um local perigoso, com muitos acidentes automobilísticos e mortes.
O deputado estadual Yglésio Moyses (PSDB) foi o primeiro a se manifestar a respeito. Ele apresentou uma indicação para que intervenções sejam feitas com urgência na sinalização da área.

E MAIS

• O senador Weverton Rocha aguarda agenda com o governador Flávio Dino (PSB) e o vice-governador Carlos Brandão.

• Ainda não há uma data definida para este novo encontro entre os três. A previsão é de que o clima não seja o melhor.

• Tanto pela pré-campanha que Weverton Rocha vem fazendo, quanto pela aproximação, cada vez maior, entre Dino e Carlos Brandão. As agendas oficiais do governo têm mostrado mais ligação entre o socialista e o tucano.

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