Violência

20,1% dos estudantes maranhenses sofreram bullying, aponta IBGE

Pesquisa Nacional de Saúde do Escola aponta o percentual de estudantes de 13 a 17 anos que se sentiram humilhados por provocações de colegas da escola

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
No Brasil, 23,0% dos estudantes afirmaram ter sofrido esse tipo de violência
No Brasil, 23,0% dos estudantes afirmaram ter sofrido esse tipo de violência (Em casos extremos, o bullying pode resultar em agressões físicas.)

BRASÍLIA - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÍstica) divulgou na sexta-feira, 10, dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar ( PeNSE) que apontam que 20,1% dos estudantes maranhenses sofreram bullying. Aponta o percentual de escolares de 13 a 17 anos que se sentiram humilhados por provocações de colegas da escola nos 30 dias anteriores à pesquisa. No Brasil, 23,0% dos estudantes afirmaram ter sofrido esse tipo de violência.

Conforme a pesquisa, os percentuais no país foram maiores entre as meninas (26,5%) do que entre os meninos (19,5%). No Maranhão, 20,1% dos estudantes afirmaram ter sido acometidos por esse tipo de provocação. As meninas relataram uma proporção superior desse tipo de situação (24%) do que os meninos (16,3%).

Com a relação às Grandes Regiões, a Centro-Oeste com 25,5% apresentou o maior percentual de escolares que informaram sofrer bullying, enquanto a Norte (18,8%), o menor percentual. Quando perguntados sobre o motivo de sofrerem bullying, os três maiores percentuais, em nível nacional, foram para aparência do corpo (16,5%), aparência do rosto (11,6%) e cor ou raça (4,6%). No Maranhão, os principais motivos, foram aparência do corpo (16%), aparência do rosto (10,6%) e cor ou raça (9,2%).

Nessa edição foi perguntado aos escolares se eles se sentiram ameaçados, ofendidos ou humilhados nas redes sociais ou aplicativos de celular nos 30 dias anteriores à pesquisa. Do total de escolares no Brasil, 13,2% responderam positivamente. Percentual proporcionalmente maior para as meninas (16,2%) do que para os meninos ,(10,2%). No Maranhão, 11,7% dos escolares de 13 a 17 anos se sentiram ameaçados, ofendidos ou humilhados nas redes sociais ou aplicativo de celular, nos 30 dias anteriores à pesquisa. Percentual proporcionalmente maior para as meninas (12,6%) do que para os meninos (10,7%).

Ambiente escolar
A pesquisa constatou que as escolas selecionadas ofereciam sala ou laboratório de informática para 62,8% dos escolares. Esse recurso era oferecido a uma proporção maior de alunos na Região Sudeste (81,0%), sendo o Estado de São Paulo (88,6%) a Unidade da Federação com o maior percentual de escolares com acesso a esse recurso. A menor proporção de escolares com disponibilidade de recursos tecnológicos na escola, estava na Região Nordeste (44,9%), sendo o Estado do Maranhão (16,1%) o com o menor percentual. Quanto a dependência administrativa da escola, esses recursos estavam disponíveis para 61,0% dos alunos das escolas públicas e 73,6% dos alunos de escolas privadas

Já o acesso à Internet da escola era facultado a 60,5% dos escolares, 58,1% das escolas públicas e 74,4% das escolas privadas. Quanto as Grandes Regiões, a maior proporção estava na Região Sul (80,2%) e a menor, na Região Centro-Oeste (46,5%). As escolas públicas do Estado de Goiás (19,3%) e as escolas privadas do Estado de Roraima (99,7%) eram exemplos dos extremos quanto ao acesso à Internet pelos escolares. No Maranhão, 36,6% dos escolares possuem acesso à Internet na escola, sendo 35,3% nas escolas públicas e 52,8% nas privadas.

Atividade física
A prática regular de atividade física tem reconhecidos efeitos benéficos globais no indivíduo. Em crianças e adolescentes, adicionalmente favorece o desenvolvimento físico e psicológico, a interação e o convívio social, melhorando sintomas de depressão e a qualidade do sono etc. Em 2019, 36,0% dos escolares brasileiros de 13 a 17 anos assistiram mais de duas horas de televisão nos sete dias anteriores à pesquisa. No Maranhão, o percentual foi de 35%, sendo maior entre as meninas (36,4%) do que entre os meninos (33,6%). Outros 53,1% informaram a permanência sentados, por mais de três horas diárias, realizando atividades diversas, no mesmo período. Esse tempo de tela sedentário foi maior entre os alunos da rede privada.

Em 2019, 28,1%, dos estudantes brasileiros de 13 a 17 anos eram fisicamente ativos, 8,7% dos escolares estavam inativos e 61,8% dos alunos eram insuficientemente ativos. No Maranhão, 24,1% dos estudantes eram fisicamente ativos, 13,4% foram classificados como fisicamente inativos e 62,5% do discentes eram insuficientemente ativos.

Alagoas apresentou a maior proporção de alunos fisicamente inativos (14,1%), com o Maranhão ficando na segunda posição. Em sentido oposto, o Paraná apresentou a menor proporção (3,8%).A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - PeNSE foi o primeiro inquérito nacional que perguntou diretamente aos escolares através de um questionário auto aplicado, diversos aspectos de sua vida, hábitos e cuidados, que se convertem em fatores de risco e proteção para sua saúde.

A PeNSE, em sua quarta edição, consolida-se como importante fonte de informações sobre a saúde dos adolescentes, dando sustentabilidade ao Sistema Nacional de Monitoramento da Saúde do Escolar e apoiando as políticas públicas de proteção e promoção à saúde dos adolescentes.

Particularmente neste momento em que o país e o mundo atravessam uma crise sanitária sem precedentes, a PeNSE cumpre um novo papel adicional, de fornecer informações, imediatamente anteriores à pandemia de Covid -19, sobre a realidade dos adolescentes e jovens brasileiros. Fornecendo importantes parâmetros para o direcionamento de políticas públicas de recuperação e promoção da saúde desse grupo populacional.

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