Opinião

Para garantir o benefício

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Um procedimento deve merecer a atenção de aposentados, pensionistas e pessoas que recebem benefícios assistenciais há mais de um ano: a prova de vida. Pois bem, com o veto do presidente Bolsonaro, na semana passada, de estender a atualização cadastral do INSS até 31 de dezembro deste ano, mais de 7 milhões de segurados ainda precisam comprovar que estão vivos para não ter o pagamento suspenso.

Desde o ano passado, mais de 28 milhões de beneficiários já fizeram a fé de vida, mesmo no período em que o procedimento deixou de ser obrigatório, por conta da pandemia de coronavírus. O procedimento de prova de vida estava suspenso desde março do ano passado, para não expor o segurado ao risco do contágio pela Covid-19, mas voltou a ser exigido em junho deste ano. A prova de vida deve ser feita anualmente nos bancos onde o segurado recebe o pagamento ou nas agências do INSS.

Vale lembrar: quem faria a prova de vida em setembro ou outubro de 2020 e ainda não fez a atualização deve realizar o procedimento até o dia 30 de setembro deste ano. A partir de outubro, será a vez de quem terá que fazer a comprovação em novembro e dezembro de 2020. O segurado não é obrigado a esperar até o mês em que o prazo dele acaba.

O INSS informou que ainda não foram cancelados benefícios por falta de realização do recadastramento, mas já são feitos bloqueios e suspensões do pagamento. O órgão tem três etapas até o corte do benefício: bloqueio, suspensão e cancelamento.

No decorrer deste mês, os segurados que tiveram o benefício bloqueado em junho entram agora na etapa de suspensão. Se ainda assim não atualizarem os dados nessa segunda etapa, só então o benefício será cessado (cancelado). Os benefícios bloqueados e suspensos podem ser reativados diretamente no banco. Segundo o INSS, mesmo após a cessação do benefício, ele poderá ser reativado. Nesse caso, o segurado terá que ligar para o 135 e agendar o serviço de reativação de benefício. Esse procedimento também pode ser feito pelo Meu INSS. Após acessar o Meu INSS com o número do CPF e a senha cadastrada, busque por "Reativar Benefício", na lupa.

Na justificativa do veto, Bolsonaro escreveu que o estado de emergência em saúde pública, gerado pela pandemia, não é motivo para suspender a prova de vida. Segundo ele, existem diversos meios para a realização da prova, com prazo escalonado. A suspensão da comprovação levaria ao pagamento indevido de benefícios.

Com a tensão política após as manifestações com pautas antidemocráticas no 7 de Setembro, um assunto que preocupa é a inflação que atinge o bolso da maioria dos brasileiros. Ontem, 9, foi divulgado pelo IBGE que a inflação subiu 0,87% em agosto em relação a julho. Em 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 9,68%. É o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando o índice chegou a 10,36%.

Analistas projetavam alta de 0,71% no mês e avanço de 9,50% em 12 meses. Com o resultado, a inflação continua acelerando e permanece bem acima do teto da meta de inflação estabelecida para o ano pelo Banco Central, de 5,25%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito subiram em agosto.

O destaque foi o grupo de Transportes, com a maior alta de preços. Puxado pelos combustíveis, o segmento registrou a maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 p.p.) no índice geral. A gasolina subiu 2,80% e o etanol teve alta de 4,50%. O gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%) também ficaram mais caros no mês.

O preço da gasolina é influenciado pelos reajustes aplicados nas refinarias de acordo com a política de preços da Petrobras. O dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final.

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