Queda de casos

Covid-19: Maranhão tem taxa de ocupação de 39% em leitos de UTI

Estado é um dos 21 que estão apresentando ocupação abaixo de 50%; desocupação dos leitos tem possibilitado mutirões de cirurgias eletivas nas demais regiões do estado

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Leitos de UTI para pacientes com covid estão sendo desativados
Leitos de UTI para pacientes com covid estão sendo desativados (leito uti covid)

São Luís – Após a pior crise da pandemia da Covid-19, registrada entre os meses de abril e maio, o Maranhão vem apresentando melhora em seu quadro, principalmente em relação a ocupação dos leitos para paciente com Covid-19. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no dia 8, a taxa de ocupação dos leitos de UTI em todo o Maranhão é de 39%.

Na região da Grande Ilha, a taxa de ocupação é de 36,47%, enquanto em Imperatriz a ocupação das UTIs está em 35,71%, e, nas demais regiões do estado, a taxa está em 43,85%. Na prática, a baixa ocupação quer dizer que o sistema de saúde está menos sobrecarregado nessas regiões e registrando menos casos graves ou gravíssimos da Covid-19, ou seja, situações que demandam internações e/ou intervenções médico-hospitalares.

Assim, os hospitais passam a ter mais condições, infraestrutura e RH disponível para receber pacientes com outros problemas de saúde não relacionados à Covid-19, como casos de urgência e emergência, traumas, câncer, AVC entre outros, além de permitir a retomada gradativa e segura de cirurgias e procedimentos eletivos. No Maranhão, a retomada das cirurgias se deu gradual, a medida que cada região do estado foi diminuindo o número de casos graves.
Através do programa mais cirurgias, mutirões tem sido realizados para agilizar os procedimentos eletivos que ficaram suspensos durante quatro meses. Ainda em agosto, o programa teve uma de suas etapas no Hospital Regional de Timbiras.

Foram realizadas cerca de 20 cirurgias urológicas, entre elas, vasectomias, cirurgia de fimose e próstata, uretrotomia (cirurgia que faz a reabertura da uretra que apresenta estreitamento), uretrocistoscopias (exame endoscópio das vias urinárias).

Até agosto, o Maranhão realizou apenas 25% dos procedimentos cirúrgicos previstos. Por isso, o secretário de estado da saúde, Carlos Lula, anunciou que alguns desses leitos desativados, serão modificados para pacientes “não Covid”.

“É muito caro manter essas estruturas de campanha, que são de campanha porque são provisórias. O que tem acontecido agora é que a gente está mudando esses leitos e transformando em leitos não covid. O HCI, por exemplo. Hoje ele é um hospital quase todo com pacientes não Covid, pois a fila aumentou muito, em razão, exatamente, desse cenário catastrófico que a gente teve nesse primeiro semestre. O Brasil fez só 5% das cirurgias que deveria fazer no ano em razão da covid. A gente ainda conseguiu fazer 25%, mas é muito menos, um quarto do que a gente deveria ter feito no primeiro semestre. Então, tem uma fila enorme de pessoas esperando consultas, esperando exames, esperando cirurgias, e é essa fila que a gente agora quer diminuir”, disse o secretário.

Desinstalação de leitos
Na rede municipal, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), foram desinstalados 30 leitos de enfermaria, antes alocados exclusivamente para pacientes Covid, na Unidade Mista do Bequimão.

“O Hospital de Campanha de São Luís foi desativado, ele já não tinha ocupação necessária para permanecer aberto, mas a estrutura permanece. Então, se tivermos uma eventualidade, uma nova onda ou uma variante, que vai elevar a ocupação de novo das unidades, nós já temos tudo pronto. Temos a garantia de mais três meses com a estrutura montada”, explicou o secretário Carlos Lula.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), ainda informou que a Unidade Mista do Bequimão já direcionou os leitos para outros setores, como Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs). Os leitos também são equipados para receber pacientes em pós-operatório e pacientes de longa permanência, ajudando a otimizar o fluxo de leitos nos Hospitais de Urgência e Emergência.

SAIBA MAIS

Segunda dose
Para reduzir ainda mais a taxa de ocupação nos leitos covid, o Ministério da Saúde vem incentivando e conscientizando a população sobre a importância de concluir a imunização com a segunda dose. Isso porque, para que as vacinas sejam de fato eficazes, é necessário que as pessoas voltem aos postos de vacinação para aplicar a segunda dose.
A medida reforça o sistema imunológico e reduz as chances de infecção grave e, principalmente, óbitos em decorrência da doença, contribuindo diretamente para a redução da taxa de ocupação de leitos e controle da pandemia no Brasil. No início de julho, a pasta lançou uma campanha com a família Zé Gotinha falando sobre a importância de todos completarem o esquema vacinal.
Atualmente, de acordo com os dados divulgados pelo consórcio de imprensa, 24% da população total do Maranhão já recebeu as duas doses ou dose única.

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