Estado Maior

Análise da bancada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Da bancada do Maranhão no Congresso Nacional, a maioria analisou negativamente as manifestações de 7 de Setembro para o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Há quem fale até em impeachment, devido às declarações do presidente em relação ao Supremo Tribunal Federal.

A O Estado, e nas redes sociais, deputados federais e também a senadora Eliziane Gama (Cidadania) avaliaram os resultados dos atos pró-Bolsonaro da terça-feira última. Na análise dos maranhenses, o presidente da República cometeu crime de responsabilidade e, por isso, pode ter aberto às portas para o impeachment.

Assim comentaram os deputados Zé Carlos (PT), Rubens Júnior (PCdoB) e Juscelino Filho (DEM). Todos usaram o tom de que houve ataque à democracia no discurso de Bolsonaro. Eles analisam que, pelo que disse o presidente da República, as manifestações deixaram o gestor mais fraco politicamente.

Sobre impeachment, somente a senadora Eliziane Gama, nas redes sociais, comentou a respeito. De acordo com ela, as manifestações de Bolsonaro no ato a seu favor “abriram a porta do impeachment” dele.

Vale lembrar que dos 21 membros da bancada do Maranhão em Brasília, somente três participaram dos atos pró-Bolsonaro em 7 de Setembro. Pastor Gil (PL) e Aluísio Mendes (PSC) foram os deputados federais que estiveram, em Brasília, apoiando o presidente. O senador Roberto Rocha participou dos atos em São Luís.

Insano
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), um dia após os protestos que marcaram o 7 de Setembro no país, chamou o presidente da República, Jair Bolsonaro, de “insano”.

De acordo com o gestor maranhense, Bolsonaro “criou uma confusão” que paralisa ainda mais a gestão do próprio governo federal.

Dino citou ainda ocorrência registrada ontem em Brasília, com invasão da sede do Ministério da Saúde (MS) em Brasília por apoiadores do presidente da República.

Entrevista
Em entrevista ao Portal Uol, Dino já havia se manifestado sobre as manifestações incentivadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o governador Flávio Dino, Bolsonaro fez os primeiros gestos para tentar aplicar o golpe no Brasil.
O socialista disse que as instituições precisam dar respostas rápidas aos ataques feitos por Bolsonaro em discursos nas manifestações da terça-feira (7).

Receio
Ainda sobre a bancada do Maranhão no Congresso Nacional, os deputados federais estão ligados na análise da proposta do novo Código Eleitoral, em tramitação na Câmara.
Os parlamentares temem as repercussões negativas relacionadas a somente um ponto da proposta que é a flexibilização na prestação de contas de campanha.
Pela proposta, fica menos rígida esta prestação de contas e como o financiamento da campanha eleitoral é com o dinheiro público, há receio quanto à repercussão da sociedade.

Aproximação
Entre os pré-candidatos citados em reportagem de O Estado em sua edição de hoje, o mais incisivo na estratégia de aproximação com o eleitorado ludovicense, mirando à corrida eleitoral, foi o senador Weverton Rocha (PDT).
O pedetista, em inserção gravada na Praça Gonçalves Dias, região central da capital, citou o início de um “novo ciclo de desenvolvimento”.
Para Rocha, a capital é destaque no combate à pandemia, sem citar diretamente, por exemplo, a aplicação de vacinas (a cargo especialmente da Prefeitura de São Luís).

Torcida
A declaração do deputado Yglésio Moyses (Pros) em relação à escolha do nome de Brandão para ser o candidato de Flávio Dino para o governo em 2022 foi classificada de expressão de desejo por alguns governistas.
Mas sendo expressão de desejo ou não, o senador Weverton Rocha tem contribuído para que o caminho seja este.
Mesmo se desculpando por falar em vice e lideranças, o pedetista aumentou a fissura no grupo de Flávio Dino e afastou ainda mais a possibilidade do governador escolher o senador como candidato.

DE OLHO

3 dos 21 parlamentares da bancada do Maranhão participaram das manifestações pró-Bolsonaro no dia 7 de setembro. Pastor Gil (PL), Alúsio Mendes (PSC) e Roberto Rocha (sem partido) foram o que publicaram suas participações nos atos pelas redes sociais

Pilatos
Diante das investidas fortes demais, Weverton Rocha e seu grupo apostam na “atitude de Pilatos” de Dino de lavar as mãos em relação à disputa pelo Palácio dos Leões.
No entanto, acordos pós saída de Dino do comando do Palácio dos Leões têm deixado cada vez mais claro que o ainda governador queria uma outra saída que não fossem os dois nomes em disputa.
Resta saber se realmente Dino já decidiu por Carlos Brandão, arriscando o esfacelamento de seu grupo político, ou se tem alguma “carta na manga” para contornar a situação.

E MAIS

• Até o fechamento da coluna, o vice-governador Carlos Brandão ainda não tinha feita qualquer manifestação sobre o pedido de desculpas do senador Weverton Rocha.

• O pedetista pediu desculpas pela declaração que deu sobre uns serem vices e outros liderarem, e se colocando como um líder.

• Weverton Rocha pediu desculpas para Carlos Brandão e demais vices (prefeitos e dos legislativos municipais e estadual) pelo que falou sobre ser vice.

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