Economia

São Luís dos navios e das oportunidades

O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira tem mais de 2,6 mil empregos diretos mantidos hoje. No primeiro semestre de 2021, as atividades do porto e da Estrada de Ferro Carajás geraram R$ 130 milhões em tributos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Terminal Marítimo de Ponta da Madeira
Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (Terminal da Ponta da Madeira)

As grandes embarcações que fazem parte da história de São Luís desde a sua descoberta, continuam escrevendo capítulos da economia da cidade que neste 8 de setembro comemora 409 anos de fundação. É na margem leste da Baia de São Marcos, na ilha de São Luis, que está localizado o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, líder em movimentação de cargas no Brasil desde 2014, e que gera mais de 2.600 empregos diretos só na capital maranhense.

É deste porto operado pela Vale que são embarcadas diariamente milhares de toneladas de minério de ferro com destino às mais variadas partes do mundo, matéria-prima para o funcionamento das indústrias automobilística, naval e entre outras. A boa atuação do TMPM está diretamente ligada às condições favoráveis que São Luís tem ao setor industrial: privilegiada posição geográfica entre as regiões Norte e Nordeste do país, com o litoral estrategicamente localizado, o que permite economia de combustíveis e redução no prazo de entrega de mercadorias. A capital também possui uma das maiores variações de maré existentes (aproximadamente 7 metros).

O porto de Ponta da Madeira, hoje, é um dos mais movimentados e estruturados para o comércio exterior no país. Tem uma área de aproximadamente 1800ha, o que equivale a 100 estádios do Maracanã, e embarca produtos como: minério de ferro, manganês e pelotas. De janeiro a junho, mais de 330 navios atracaram, resultando no embarque de cerca de 82,9 milhões de toneladas de minério de ferro. No mesmo período, 345 empresas maranhenses faturaram 1,6 bilhão, investidos em compras para as operações locais, conforme dados do Balanço Vale Mais.

O gerente-executivo de operações do TMPM, Luís Allevato, ressalta que proporcionar grandes entregas ao local onde o porto está instalado só é possível graças às milhares de pessoas que fazem parte do dia a dia dele. "Hoje somos referência em desempenho, eficiência, segurança e sustentabilidade. Seja com a posição de destaque no cenário portuário nacional e mundial, ou com a geração de impostos ou de empregos, nos mais de 2,6 mil postos de trabalho mantidos na capital maranhense", disse.

Gigantes do mar

No TMPM, está localizado um dos píeres mais profundos do mundo, o píer IV, que tem 25 metros de profundidade (fora a variação da maré), com dois berços de atracação, que permitem atracar e carregar os maiores navios graneleiros do planeta, incluindo os navios Valemax, considerados os “gigantes do mar”. O sistema de amarração deste píer é único, o que permite às gigantescas embarcações operarem sem restrição.

Em meados de agosto, o porto recebeu o primeiro mineraleiro do mundo a contar com a tecnologia de produção artificial de bolhas de ar sob o casco do navio. Conhecida como air lubrication¸ a tecnologia foi instalada no Sea Victoria, que tem 325 mil toneladas de capacidade.

Dez compressores instalados no convés do navio enviam ar a até 20 dispositivos posicionados na parte debaixo da embarcação, que produzem um carpete de bolhas. A ação diminui o atrito do casco com a água, reduzindo o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões, o que vai ajudar a empresa a diminuir ainda mais as emissões de gases do efeito estufa (GEE) na navegação.

Em 2021, o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira completou 35 anos, tendo como foco investimento em pesquisa, tecnologia, responsabilidade social e desenvolvimento. “A Vale quer operar de maneira cada vez mais sustentável. Seguiremos priorizando avanços, mas sempre atuando em parceria com a sociedade, como ações de valorização social, cultural e ambiental. É desta forma que queremos brindar esta data festiva para a cidade com quem a faz. Esperamos seguir sendo motivo de orgulho para os ludovicenses e para os brasileiros”, concluiu Allevato.

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