Opinião

Expectativa no Dia da Independência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

A expectativa é que o país vivencie uma terça-feira, 7 de Setembro, bem diferente dos atos cívico-militares que tradicionalmente marcam essa data. Assim, os desfiles deverão ser ofuscados por manifestações nas capitais de pessoas que apoiam e daqueles que são contra o governo Bolsonaro. Afinal, o que vai acontecer neste dia no Brasil em 2021? São vários os posicionamentos manifestados nas redes sociais sobre o dia alusivo ao aniversário da Independência do Brasil.

Conforme já anunciado pelo presidente Bolsonaro (sem partido), que está em franca campanha pela reeleição, estão previstas duas grandes manifestações, com a sua presença, na Avenida Paulista, em São Paulo, e em Brasília, na Esplanada dos Ministérios - ambas reunindo apoiadores do seu governo. Bolsonaro disse que, apesar das polêmicas, os atos serão pacíficos. É esperar para conferir.

Enquanto isso, lideranças que estão organizando os atos contra Bolsonaro, com pedidos de impeachment, admitem que vão reunir um número menor de pessoas do que os atos de apoiadores do presidente. Ocorreu, inclusive, discussão em grupos de opositores sobre a conveniência de se manter a data para os protestos contrários ao governo. A conclusão é de que o adiamento poderia ser pior do que uma adesão mais tímida quando comparada à dos bolsonaristas.

Diversas razões foram apontadas: a esquerda não se mobilizou de forma intensa quanto nas manifestações anteriores na avenida Paulista e há um temor de distúrbios causados pela eventual manifestação ilegal de policiais bolsonaristas ou de pessoas infiltradas para causar confusão.

Pelo segundo ano consecutivo, não haverá desfile cívico na maior parte do Brasil. O Ministério da Defesa já anunciou que a comemoração do 199º aniversário da Independência, em Brasília, não terá celebração aberta ao público. O evento será no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, mas com restrição de participantes.

Na tentativa de impedir atos violentos nas ações pró-Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou em agosto o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra ativistas que incitavam a população a sair às ruas a favor atos antidemocráticos, como cobrar do Congresso a deposição de todos os ministros da suprema corte e pedir intervenção militar no país.

Em São Paulo, deverá ocorrer a maior manifestação pró-Bolsonaro, segundo veículos de imprensa. Uma decisão judicial de 2020 determina que a Avenida Paulista só pode ser usada por um lado de cada vez. E como o grupo pró-Bolsonaro teria pedido para utilizar a via primeiro, então ficou decidido que eles poderiam ocupar a Paulista no dia 7. A oposição agora organiza um movimento ainda para o mês de setembro.

Como a vida segue após as manifestações de 7 de Setembro, os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Nacional) devem ficar atentos com a decisão do presidente Bolsonaro, que vetou, quinta-feira (2), dispositivo aprovado pelo Congresso para suspender a exigência de prova de vida até 31 de dezembro deste ano devido à pandemia.

A medida fazia parte de um projeto agora sancionado parcialmente pelo presidente. O trecho que recebeu aval de Bolsonaro, por outro lado, aprimora os mecanismos para facilitar essa comprovação de vida. Anualmente, a prova de vida deve ser feita nos bancos onde o segurado recebe o pagamento ou nas agências do INSS. Esse procedimento estava suspenso desde março do ano passado, mas voltou a ser exigido em junho deste ano.

Pelas regras sancionadas do projeto, todos os bancos deverão usar sistemas de biometria para realizar a prova de vida dos segurados e dar preferência máxima de atendimento para os beneficiários com mais de 80 anos ou com dificuldades de locomoção. A intenção é evitar demoras e exposição dos idosos a aglomerações.


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