Pandemia

Telemedicina avança no tratamento da síndrome pós-covid

Monitoramento de pacientes que foram acometidos pelo vírus é fundamental nos primeiros meses após a alta

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
(telemedicina)

São Paulo - Já são mais de 20 milhões de casos do Covid-19 no Brasil, e muitos estudos estão sendo realizados para identificar as consequências e sequelas em pacientes que contraíram o vírus. Os sintomas da síndrome pós-covid (ou covid prolongada), podem durar semanas e até alguns meses após a infecção inicial. Com isso, o acompanhamento e monitoramento destes pacientes é essencial para mitigar e minimizar os riscos e complicações depois da alta, e a Telemedicina aparece como a principal aliada no tratamento a médio e longo prazo.

Segundo alguns estudos realizados pelo Instituto do Coração (InCor), até 80% dos recuperados da doença sentem ao menos um sintoma até quatro meses depois do fim da infecção. Para o Dr. Vicente Lordello Cortez, líder do corpo médico da Kompa Saúde, o acompanhamento médico de várias especialidades é fundamental para o tratamento da covid prolongada. "Os sintomas podem ser variados e afetar vários sistemas do corpo humano, levando à necessidade de acompanhamento multiprofissional para esses casos. Avaliações por diversas especialidades médicas podem ser a chave para o sucesso nessas situações’’, explica.

Em casos mais graves da doença, que exigiram internação, a tendência é que o organismo seja mais prejudicado no longo prazo. Mas casos com pacientes que tiveram apenas sintomas leves também estão sendo constatados, tendo em vista que algumas sequelas permanecem e incomodam por um bom tempo, mesmo após a cura da doença.

"A vida pós-Covid exige cuidados e monitoramento. Passar horas em filas de hospitais e consultórios e se submeter a aglomerações para buscar atendimento especializado não é a situação recomendada. Por isso, o ideal é optar pela telemedicina", reforça Dr. Vicente.



Telemedicina: a tendência que já é realidade

Diante da necessidade de atendimento à distância, o uso da telemedicina foi intensificado pela pandemia. Além de poupar tempo, estresse do deslocamento e a exposição desnecessária, o uso da tecnologia tem contribuído para que um número cada vez maior de pessoas possa realizar as suas consultas médicas de forma remota.

Pesquisa recente feita pela Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) mostra que o número de consultas em abril deste ano foi 14,4% maior se comparado ao mês de março - período do auge da segunda onda do novo coronavírus. O total de consultas por videoconferência ultrapassa os 3 milhões.

Dentre as tendências mais promissoras para o futuro, destaca-se a teleconsulta, que é a modalidade de telemedicina em que o paciente e o médico se utilizam de uma plataforma virtual para realizar uma consulta médica, sem a necessidade de o paciente se deslocar até o consultório do mesmo.

Segundo o médico, um misto entre consulta presencial e teleconsulta deve ser a maneira mais acessível de atendimento médico no futuro próximo, promovendo respostas adequadas e assertivas. "Com a tecnologia contribuindo cada vez mais para a praticidade e qualidade de vida da saúde das pessoas, seja ela física ou mental, o acompanhamento da saúde de pacientes tende a acontecer de forma mais constante e aproximada, ainda que feita por meios digitais'', conclui.

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