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Operação da PF destrói mais de quatro toneladas de maconha

Ação, denominada de Hefesto, ocorreu em Arame e teve como foco as terras indígenas Arariboia; objetivo é desarticular invasões na localidade e o tráfico de drogas

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Erva localizada foi destruída no mesmo local, durante a operação da PF
Erva localizada foi destruída no mesmo local, durante a operação da PF (maconha OF)

São Luís - A Polícia Federal informou ontem (2), em entrevista à imprensa, que destruiu mais de quatro toneladas de maconha durante a Operação Hefesto, que aconteceu de 26 a 30 de agosto deste ano, nas terras indígenas Arariboia, localizadas nas proximidades da cidade de Arame.

O superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Renato Madsen, disse que no decorrer da ação foram encontrados mais de 12 mil pés de maconha e 5.500 mudas desse tipo de droga na terra indígena. Todo esse material foi destruído no local.

A ação contou com a participação de cerca de 40 policiais federais, além de servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Força Nacional, com apoio do Exército Brasileiro, o qual se deu por intermédio do Batalhão de Infantaria de Selva (50º BIS).

A operação Hefesto, segundo Renato Madsen, é um dos eixos operacionais da operação Anhangá, que teve como escopo o cumprimento de uma série de medidas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal. Entre as medidas estão a expulsão de invasores das terás indígenas que são suspeitos de desmatamento ilegal, extração de madeira, garimpo e plantio de maconha.

Batizada de Hefesto, de acordo com a polícia, a operação tem o objetivo de reduzir a produção e oferta de maconha no Maranhão, desarticular a comercialização de drogas na região, identificar os envolvidos e individualizar condutas ilegais. Hefesto é em alusão ao deus grego do fogo.

Outros cercos
A Polícia Federal realizou no mês passado mais dois cercos no Maranhão. Uma delas foi denominada de Operação Ybirá, na cidade de Buriticupu, com o objetivo de combater a extração ilegal de madeira na Terra Indígena Arariboia, oriunda da atuação clandestina de madeireiros. De acordo com a polícia, esses madeireiros fazem funcionar serrarias e movelarias sem licença dos órgãos ambientais competentes.

Durante o cerco, os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão em Buriticupu decorrentes da análise de alertas de corte seletivo detectados pelo Planet, por meio do Programa Brasil M.A.I.S. e por levantamentos de campo realizados com o escopo de reprimir a atividade ilícita de madeireiros e a consequente derrubada de árvores nativas para a extração da madeira sem autorização, o transporte, depósito, beneficiamento e comércio ilegal do produto florestal, que ocorrem na margem da Terra Indígena Arariboia.

A outra operação foi denominada de Prionistirio, que ocorreu na cidade de Amarante, que tem por escopo combater a extração ilegal de madeira na região da Terra Indígena Arariboia. Segundo a polícia, a investigação teve início em janeiro deste ano e após a realização de inúmeras diligências, foi possível identificar e qualificar vários pontos de extração de madeira, serrarias, movelarias e residências com atuação criminosa naquela Reserva.

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