SÃO LUÍS - O governador Flávio Dino (PSB) deu início na última terça-feira a uma reforma no primeiro escalão de Governo para a reta final de seu mandato. Ele mudou o comando de duas importantes pastas: Casa Civil e Secretaria de Governo. Uma série de mudanças está prevista para abril de 2022, período limite para a desincompatibilização de cargos para aqueles que pretendem disputar as eleições.

Na Casa Civil, Dino anunciou a saída de Marcelo Tavares (PSB), indicado pela Assembleia Legislativa para ocupar cargo de conselheiro de contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão.

Para o lugar de Tavares foi efetivado o até então secretário de Governo, Diego Galdino, que também já havia atuado como secretário de Estado de Cultura.

Já para a Secretaria de Governo, Flávio Dino anunciou a secretária-adjunta Marcela Mendes como nova titular.

Galdino e Marcela puxam o pelotão que vai auxiliar Flávio Dino durante os seus últimos meses de mandato no Executivo.

Eleição

Flávio Dino tem trabalhado em prol da eleição de 2022. Pré-candidato ao Senado pelo PSB, ele também tenta se articular para ocupar espaços na chapa majoritária do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato a vice-presidente.

Lula, contudo, na ocasião de sua visita ao Maranhão, afirmou que prefere que Dino atue no Congresso Nacional para dar sustentação a um eventual governo petista.

Independentemente do cargo eletivo que for disputar em 2022, Flávio Dino tem um prazo constitucional para deixar o comando do Palácio dos Leões até o mês de abril do próximo ano.

Por isso, toda a reforma efetivada a partir de agora no primeiro escalão de Executivo, será feita levando em consideração o fim do mandato de Dino.

A partir do momento em que o comunista deixar o Palácio dos Leões, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) é quem assumirá o Executivo Estadual.

De volta

No mês de abril deste ano Flávio Dino também anunciou para a sua equipe de Governo, o retorno o ex-governador José Reinaldo Tavares, que passou a ocupar o posto de Diretor de Relações Institucionais do Porto do Itaqui. Dino e Zé Reinaldo estavam afastados desde a eleição de 2018.

Secretários pré-candidatos também vão forçar mudanças no Governo

A desincompatibilização de alguns dos principais secretários de Estado para a disputa das eleições 2022, vai forçar o governador Flávio Dino a efetivar novas mudanças na estrutura de sua equipe nos próximos meses.

Apesar de o prazo instituído pela legislação eleitoral definir o mês de abril de 2022 como limite para aqueles que têm interesse em disputar o pleito eleitoral deixarem os seus respectivos cargos, é possível que alguns auxiliares de Dino se afastem com maior antecedência de seus postos para poder iniciar a pré-campanha.

Dentre os auxiliares de primeiro escalão que devem deixar o Governo para a disputa de um cargo eletivo, estão Felipe camarão (Educacao); Jefferson Portela (Segurança Pública); Márcio Jerry (Cidades e Desenvolvimento Urbano); Carlos Lula (Saúde); Clayton Noleto (Infraestrutura); Rodrigo Lago (Agricultura Familiar); Simplício Araújo (Indústria e Comércio); Márcio Honaiser (Desenvolvimento Social); Rogério Cafeteira (Esportes); Karen Barros (Procon) e Catulé Júnior (Turismo).

A maioria destes já declarou publicamente o interesse em disputar as eleições de 2022. Dino, portanto, deve trabalhar nos próximos meses para reconstruir o comando de algumas das principais pastas para a reta final de mandato.

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