BRASÍLIA - O Maranhão é o 11° estado com maior população do país, com 7.153.262 habitantes, segundo censo divulgado nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE) e publicado no Diário Oficial da União. A população brasileira foi estimada em 213.317.639 habitantes. A estimativa com o total de habitantes dos estados brasileiros se refere a 1° de julho de 2021.
Os dados de estimativa populacional são parâmetro para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos, e também base para políticas públicas, como a vacinação. O Tribunal de Contas da União, por exemplo, usa os números para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Segundo os dados divulgados, os estados mais populosos são: São Paulo (46,65 milhões), Minas Gerais (21,41 milhões) e o Rio de Janeiro (17,46 milhões). O país tem três estados com menos de 1 milhão de habitantes: Roraima (652,7 mil), Amapá (877,6 mil) e Acre (906,9 mil). No ano passado, IBGE estimou um total de 211,8 milhões de pessoas vivendo no país, crescimento de 0,7%.
Projeções
Para calcular a estimativa populacional, o IBGE utiliza como insumos básicos as populações obtidas das Projeções da População para o Brasil e as Unidades da Federação mais recentes, bem como o crescimento populacional de cada município na última década, delineado pelas respectivas populações recenseadas nos dois últimos Censos Demográficos realizados. Ou seja, para a estimativa populacional de 2021 estão sendo usados dados de 2000 e 2010.
Vale lembrar que o Censo de 2020 foi adiado duas vezes, tanto no ano base quanto em 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus e falta de previsão de recursos no Orçamento. Segundo o IBGE, as estimativas populacionais divulgadas nesta sexta não incorporam os efeitos da pandemia.
Excesso de mortes
De acordo com o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi, dados preliminares do Registro Civil e do Ministério da Saúde apontam para um excesso de mortes, principalmente entre idosos, e uma diminuição dos nascimentos. É possível que também tenham ocorrido alterações nos fluxos migratórios. As implicações disso no tamanho da população, contudo, serão verificadas a partir do próximo Censo Demográfico.
“O Censo trará não somente uma atualização dos contingentes populacionais, como também subsidiará as futuras projeções, fundamentais para compreender as implicações da pandemia sobre a população, não somente no curto, mas também no médio e longo prazo”, afirma.
"Embora a gente não tenha incorporado, certamente a pandemia não provocou uma queda na população. Uma redução da população de um ano para outro não ocorreu. O que pode acontecer na verdade com certas mudanças de comportamento é antecipar tendências, como por exemplo a diminuição da população lá pra frente", disse.
Minamiguchi observa que no período pandêmico as mortes impactam até mais que os nascimentos. “ Quando a gente pensa no processo de mais longo prazo o comportamento reprodutivo é que vai mesmo impactar, tanto na questão do envelhecimento da população como na questão do crescimento".
.Os números de uma contagem oficial da população, porém, só deverão ser conhecidos no final de 2022. "Pelo planejamento do Censo, a pesquisa começa em campo em junho. Normalmente, demora 3 meses. Então essa divulgação deve ser postergada mais para o fim do ano", estima.
Feito a cada década, conforme manda a lei 8.184/1991, o levantamento comporta informações robustas relativas a mais de 70 milhões de domicílios, sobre moradia, condição de renda e emprego. A cada mês, essa base é atualizada pela Pnad Contínua, pesquisa que traz recortes atualizados sobre condições de emprego e habitação por consulta amostral. Estados e municípios.
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