Paralimpíada

Brasil conquista mais quatro medalhas nos Jogos Paralímpicos

O Brasil acumula, agora, oito pódios, sendo um ouro, três pratas e quatro bronzes e ocupa 10ª colocação no quadro de medalhas dos jogos de Tóquio

Com informações CPB

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Rodolpho Riskalla conquistou  a medalha de prata no hipismo
Rodolpho Riskalla conquistou a medalha de prata no hipismo (Rodolpho Riskalla paralimpíada )

TÓQUIO - O segundo dia dos Jogos Paralímpicos foi recheado de medalhas para o Brasil. O país conquistou duas pratas, com o cavaleiro Rodolpho Riskalla no hipismo e com o esgrimista Jovane Guissone na espada categoria B, e dois bronzes na natação, com Daniel Dias, na prova dos 100m livre (classe S5) e no revezamento 4x50m livre 20 pontos.

O Brasil acumula, agora, oito pódios, sendo um ouro, três pratas e quatro bronzes. Ocupa a 10ª colocação no quadro de medalhas. China já lidera com sete ouros entre as 22 láureas alcançadas em dois dias. Comitê Paralímpico Russo e Grã-Bretanha têm 16 medalhas e seis ouros cada um, porém os britânicos têm mais pratas que os russos (7 x 4). Os Jogos Paralímpicos começaram em 24 de agosto e se encerrarão em 5 de setembro.

O cavaleiro Rodolpho Riskalla, 36, ficou com a medalha de prata no hipismo, na disputa individual do Grau IV (comprometimento leve em um ou dois membros, além de atletas com deficiência visual moderada). Em sua apresentação com o cavalo Don Henrico, da raça Hannoveraner, o paulistano obteve a pontuação de 74,659%, atrás apenas de Sanne Voets, montando o cavalo Demantur, da raça KWPN (que, na tradução livre do holandês significa Cavalo Real de Sangue Quente Studbook dos Países Baixos), que fechou a apresentação com 76,585%. O bronze ficou com a belga Manon Clayes, que montou um oldenburguer chamado San Dior (72.853%).
Dono de dois vice-campeonatos mundiais do hipismo paraequestre, Rodolpho Riskalla teve mais uma grande apresentação em Tóquio. Embalado por "Aquarela do Brasil" que tocava ao fundo durante sua apresentação, o cavaleiro fez uma boa passagem e mostrou ótimo controle de Don Henrico.

Com a prata em Tóquio, o Brasil soma agora cinco medalhas no adestramento paralímpico. O país já tinha conquistado outros quatro bronzes na modalidade. Dois com Marcos Alves, o Joca, em Pequim 2008 e outros dois com Sergio Froes Oliva nos Jogos Rio 2016.

Rodolpho Riskalla pode repetir esse feito e também fazer dois pódios em Tóquio: os oito melhores colocados do adestramento se classificaram para o "freestyle", na próxima segunda-feira (30).

História

Medalha de prata no Mundial Paralímpico de Tryon, nos Estados Unidos, em 2018, Rodolpho era cavaleiro do hipismo convencional, com passagens pela equipe brasileira. Porém, contraiu uma meningite bacteriana em 2015 e teve partes da mão e das pernas (abaixo do joelho) amputadas. O atleta já havia acompanhado competições paraequestre e ingressou na modalidade dois meses após sua recuperação.

Muito antes de todos os competidores fazerem suas apresentações, Rodolpho já mostrava confiança na conquista de uma medalha por sua pontuação.

Esgrima em CR

Jovane Guissone é um guerreiro prateado. Aos 38 anos, o gaúcho de Barros Cassal conquistou a medalha de prata na esgrima em cadeira de rodas, na categoria B da espada (para atletas com menor mobilidade de tronco e equilíbrio), na manhã desta quinta-feira (26), ao ser superado pelo atleta russo, Alexander Kuzyukov por 15 a 8, no Makuhari Messe Hall B.

Na semifinal, em mais um duelo duríssimo, o brasileiro venceu o britânico Dimitri Coutya, atual líder do ranking mundial - Guissone ocupa o segundo lugar -, por 15 a 12. Na primeira fase, Jovane Guissone confirmou o favoritismo ao conseguir quatro vitórias em cinco duelos. Já nas quartas de final, o esgrimista derrotou o iraquiano Ammar Ali (15 a 10).

Com essa prata em Tóquio, Jovane Guissone faturou sua segunda na história dos Jogos Paralímpicos. Isso porque em Londres, em 2012, ele conquistou o ouro na espada. Dessa forma, o gaúcho segue com a responsabilidade de ser o único esportista, entre olímpicos e paralímpicos, a conquistar medalhas para o Brasil na esgrima.
No feminino, Carminha de Oliveira foi eliminada na espada individual categoria A (atletas com mobilidade no tronco; amputados ou com limitação de movimento). A paranaense de Foz de Iguaçu perdeu as quatro lutas que realizou.

Natação

E a natação segue empilhando medalhas para o Brasil. No segundo dia de competições da modalidade, no Centro Aquático de Tóquio, Daniel Dias, nadador paralímpico mais vencedor da história, conquistou a 26ª e a 27ª medalhas em Jogos Paralímpicos. Aos 33 anos, o paulista ganhou o bronze na prova dos 100m livre (classe S5), com o tempo de 1min10s87.

Na última quarta-feira, Daniel Dias já havia faturado o bronze nos 200m livre da classe S5. Desde os Jogos Paralímpicos de Pequim 2008, Daniel Dias sobe consecutivamente ao pódio. Já são 14 ouros, sete pratas e seis bronzes.

Daniel voltou à piscina na noite japonesa de quinta-feira para contribuir com o encerramento da sessão com mais um pódio para o Brasil. No revezamento 4x50m livre 20 pontos, veio o bronze com o quarteto brasileiro foi formado por Patrícia Santos (S4), Daniel Dias (S5), Joana Maria (S5) e Talisson Glock (S6) ao marcar o tempo de 2min24s82.

A medalha de ouro ficou com a China ao quebrar o recorde mundial por quase três segundos.

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