Imperatriz – Na manhã desta terça-feira, 24, a Polícia Federal do Maranhão deflagrou a operação Ybyrá, no município de Buriticupu, a ação visa combater a extração ilegal da madeira na Terra Indígena Arariboia – oriunda da atuação clandestina de madeireiros, os quais fazem funcionar serrarias e movelarias sem licença dos órgãos ambientais competentes.
Essa atividade ilícita estimula a invasão no território indígena e intensifica o desmatamento e a prática de outros crimes ambientais correlatos, expondo a risco a sobrevivência das comunidades indígenas, principalmente dos grupos isolados, os Awá-Guajás.
Estão sendo cumpridos três Mandados de Busca e Apreensão na cidade em questão, decorrentes da análise de alertas de corte seletivos detectados pelo Planet, por meio do Programa Brasil M.A.I.S. e por levantamentos de campo realizados com o objetivo de reprimir a atividade ilícita de madeireiros e a consequente derrubada de árvores nativas para a extração da madeira sem autorização, o transporte, depósito, beneficiamento e comércio ilegal do produto florestal, que ocorrem na margem da Terra Indígena Arariboia.
Os investigados poderão responder por crimes como receptação qualificada (art. 180, §1° do CPB), transporte e depósito de produto de origem vegetal sem licença válida, funcionamento de estabelecimentos potencialmente poluidores sem autorização (art. 46, parágrafo único e art. 60 da Lei 9.605/98), dentre outros. Se condenados, as penas dos investigados podem chegar a nove anos e seis meses de prisão.
Estão participando da Operação Ybyrá aproximadamente 20 policiais federais, com o apoio do IBAMA, Força Nacional, Corpo de Bombeiros Militar (CBM), FUNAI, e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
A operação foi denominada YBYRÁ, termo tupi-guarani que significa madeira.
Operação Prionistirio
Ainda na região tocantina, foi deflagrada nesta manhã na cidade de Amarante a Operação Prionistirio, para combater a extração ilegal de madeira na região da Terra Indígena Arariboia. A investigação conduzida pela Delegacia da Policial Federal de Imperatriz teve início em janeiro deste ano, e, após a realização de inúmeras diligências foi possível identificar e qualificar vários pontos de extração de madeira, serrarias, movelarias e residências com atuação criminosa naquela Reserva.
Neste contexto, a Polícia Federal representou judicialmente por nove mandados de busca e apreensão sendo tais pedidos deferidos pela 2º Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Imperatriz.
Além das buscas, a operação teve como objetivo a descapitalização dos envolvidos com o sequestro de bens e valores, bem como destruição in loco de maquinários e produtos do crime. Se condenados, as penas dos investigados podem chegar a nove anos e seis meses de prisão. Os cumprimentos de tais ordens judiciais contou com participação de 30 policiais federais, além de servidores da Força Nacional, IBAMA, FUNAI, Batalhão de Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão.
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