Saúde

Cuidar da saúde também é coisa de homem

Reduzida quantidade de homens fazendo o check-up preocupa especialistas da área

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Felipe Melo é urologista da Hapvida
Felipe Melo é urologista da Hapvida (felipe melo urologista)

São Luís - Quando se fala em saúde do homem, a primeira doença que vem a memória é o câncer de próstata e todo um contexto cultural que envolve o exame para diagnosticar essa enfermidade que acometeu 65.840 brasileiros e foi a causa da morte de 15.983 homens, ano passado, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Sabe-se que o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento e a diminuição das chances de o paciente evoluir a óbito. Mas o câncer de próstata não é o único mal com o qual eles devem se preocupar. Médicos e especialistas, principalmente, urologistas, que tratam da saúde do homem - chamam a atenção para a importância de se fazer pelo menos um check-up por ano.

O problema de falar da saúde dos homens, conforme aponta o médico urologista, Felipe Melo, é que eles, cultural e historicamente, são mais indisciplinados para com os cuidados com a própria saúde. "Os cuidados a serem tomados são vários. Um deles, por exemplo, é se prevenir contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), pois elas levam a efeitos secundários que prejudicam a saúde do homem", alertou o especialista do Sistema Hapvida.

O médico ressalta que o nível de estresse vem aumentando entre a população de maneira geral e os homens não estão imunes às consequências disso. "O estresse deteriora a qualidade física das pessoas, inclusive as deles, dos homens. Prejudica demais a saúde", frisa.

Questionado sobre a frequência com a qual os homens devem fazer os exames de rotina, o urologista recomenda uma vez por ano se o paciente tiver menos de 60 anos de idade e nenhuma doença pré-existente. "Em alguns casos, a recomendação é de, no mínimo, duas vezes por ano. Mas isso vai depender de alguns fatores que o médico vai avaliar", esclarece. "Dentre os exames que não podem deixar de ser feitos neste check-up, estão o hemograma e bioquímica do sangue, urina, ultrassonografia abdominal, eletrocardiograma", lista. Estes exames vão ajudar o médico a verificar as taxas de glicemia, colesterol, triglicerídeos e, claro, saber como está o funcionamento de alguns órgãos como o coração, rins e fígado.

O PSA (que é o exame do Antígeno Prostático Específico), que diagnostica o câncer de próstata, é recomendado para homens a partir de 40 anos de idade. Entretanto, para quem tem histórico de câncer na família, deve a partir dos 35 anos de idade incluir o PSA no check-up.

Homens que têm histórico de doenças crônicas na família, como diabetes, por exemplo, devem ficar atentos e, se já forem diabéticos, não devem esperar um ano para retornar ao consultório. Deve fazer os exames de rotina com maior frequência. Os que apresentam quadro de obesidade, fumam e consomem bebida alcoólica precisam ficar mais atentos à saúde.

"É importante que o homem tenha um estilo de vida saudável para o corpo funcionar bem. A alimentação saudável e as atividades físicas devem fazer parte da rotina deles. O homem que tem uma boa dieta, baseada em alimentos saudáveis, vai ter um sistema imunológico forte, uma boa estrutura óssea", recomenda o médico. "E, claro, que é importante buscar se estressar o mínimo possível", completa.

Família
Geralmente, os homens só procuram um médico quando manifestam algum sintoma ou doença. Poucos já começaram a mudar esse comportamento e passaram a procurar fazer consultas médicas e avaliações preventivas. Parte disso se deve ao incentivo da família. Dados do Viva Mais SUS, plataforma do Ministério da Saúde, indicam que 70% dos homens que procuram atendimento especializado, fazem isso por influência da mulher e dos filhos.

SAIBA MAIS

Para não esquecer

Exames que devem ser feitos por eles, pelo menos uma vez por ano:

  • - Bioquímica do sangue;
  • - Hemograma completo;
  • - Urina;
  • - Fezes;
  • - Eletrocardiograma;
  • - Ultrassonografia abdominal;
  • - PSA (para quem tem mais de 40 anos de idade; e a partir de 35 anos para quem tem histórico na família).

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