A Gente Conta

Paixão pela segurança pública e dedicação à comunidade

Além de honrar o seu compromisso com a Polícia Militar, ele está à frente de projeto social voltado para crianças e adolescentes em São Luís

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Sargento Araújo desenvolve trabalho social na Polícia Militar do Maranhão
Sargento Araújo desenvolve trabalho social na Polícia Militar do Maranhão (Sargento Araújo)

São Luís - Corajoso, determinado, carismático, de palavras seguras e olhar firme. Estas são algumas das características do policial militar Paulo Araújo Ferreira, o sargento Paulo, de 51 anos. Ele tem sete filhos, quatro netos e, embora dedique grande parte da sua vida à segurança pública, ainda encontra tempo para outra atividade: há 15 anos, está no comando da Associação Centro de Operações Especiais (ACOE), no bairro Jordoa.

A instituição desenvolve um trabalho social e educacional voltado para crianças e adolescentes. São mais de 120 beneficiados, que têm acesso a reforço escolar, práticas esportivas, atividades religiosas, cursos profissionalizantes, aulas de Inglês, noções de primeiros socorros e educação física, entre outras.

Sargento Paulo conta que o espírito de liderança e a identificação com o trabalho em prol da comunidade ele adquiriu da sua mãe, Delcy Ferreira. Ela era presidente do Clube de Mães “Deus é Amor”, no João Paulo, e ajudou a fundar várias associações de moradores e escolas comunitárias na Grande Ilha e em diversos municípios do interior do estado.

“A minha mãe faleceu há quatro anos e, além de ter orientado todos meus irmãos para o caminho do bem, realizou vários trabalhos de cunho social. Por isso, acabei herdando dela esse gosto por desenvolver projetos voltados para a comunidade”, explicou.

Segundo Paulo Ferreira, o projeto começou em 2006 em um salão de uma igreja evangélica, no bairro Filipinho, mas como aumentou a quantidade de integrantes, a iniciativa teve de mudar para um local maior, nas proximidades do Castelão.

“O projeto cresceu em razão da minha persistência, do poder de Deus, da minha positividade, mas, também, do apoio que tive da minha família e dos amigos que abraçaram de verdade a causa de trabalhar de forma voluntária e pensando no bem da comunidade”, afirmou o sargento.

São mais de 100 crianças e adolescentes que participam do projeto. Geralmente, esse público ainda é bem maior durante o período das férias escolares e dos dias que antecedem a Semana da Pátria, no mês de setembro. Para desenvolver as atividades, há uma equipe multidisciplinar, composta por militares, pedagogos, psicólogos, assistente social, enfermeiros e outros profissionais. “Muitos que ingressam no projeto querem ter noções sobre o militarismo e pretendem seguir a carreira militar”, frisou.

O sargento também contou que a maioria das mães dos integrantes da ACOE comenta que os seus filhos mudam de comportamento após ingressar no projeto. “As mães falam que os seus filhos passam a respeitar o cidadão, principalmente os pais e os mais velhos, como passam a se interessar mais pelos estudos. Um dos requisitos para permanecer é passar de ano na escola”, detalhou.

Frutos

O sargento Paulo disse que o projeto já rendeu bons frutos. Muitos dos seus ex-participantes estão no mercado de trabalho. Eles ingressaram, por meio de concurso público, na Polícia Militar ou no Corpo de Bombeiros, como, também, conseguiram trabalhar no campo da ressocialização de menores infratores e até mesmo nas áreas da educação e saúde.

Ele também contou que os monitores e instrutores do projeto social ministram palestras sobre educação no trânsito em várias instituições e participam de ações em todo o estado. No momento, a ACOE está ministrando palestras em oito escolas da rede municipal de Itapecuru-Mirim e cinco unidades de ensino, na cidade de Turiaçu. “A formação de multiplicadores de boas ações é uma das missões da ACOE”, finalizou.

Frase

“A formação de multiplicadores de boas ações é uma das missões da ACOE”.

Sargento Paulo – presidente da Associação Centro de Operações Especiais

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