Logística

Porto do Itaqui inicia exportação da safra de milho do Matopiba

Cerca de 600 mil toneladas do grão foram movimentadas em nove navios, com destino ao mercado exterior, principalmente para o Egito

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Safra de milho exportada via Porto do Itaqui tem como principais destinos o Egito, a Espanha e o Japão
Safra de milho exportada via Porto do Itaqui tem como principais destinos o Egito, a Espanha e o Japão (itaqui exporta)

Somente em julho, o Porto do Itaqui movimentou cerca de 600 mil toneladas de milho, em nove navios, com destino ao mercado exterior. Esse volume do mês bate o mesmo período do ano passado e fica 15% acima do total movimentado de janeiro a julho de 2020. A soja, que já vinha com volume expressivo ao longo do primeiro semestre, subiu 21% no mês (comparado a julho passado) e 18% no acumulado do ano.

O milho produzido na região do Matopiba (que compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e de Mato Grosso, é escoado pelo porto público maranhense, principalmente para o Egito, responsável por 32% do volume exportado. Entre os principais destinos, abaixo do mercado africano, estão a Espanha e o Japão.
Além da soja e do milho, no final deste segundo semestre haverá um incremento no volume total de grãos. “A expectativa é de que o Tegram [Terminal de Grãos do Maranhão] opere navios de farelo de soja de outubro a dezembro”, anuncia o presidente do Consórcio Tegram, Marcos Pepe Bertoni.

A movimentação de grãos ficou 16% acima do volume registrado no período de janeiro a julho do ano passado, chegando a um total de 8,6 milhões de toneladas, considerando as operações do Tegram e da VLI. Em 2020, o volume de grãos movimentados pelos dois terminais chegou a 12,1 milhões de toneladas e a previsão é ultrapassar a marca das 13 milhões de toneladas até o final deste ano.

Próximos anos

De acordo com as projeções mais recentes do Departamento Agrícola Americano (USDA), até 2030 as exportações de grãos no Brasil devem crescer mais de 36% e o Porto do Itaqui vem se preparando para esse cenário. A inauguração da 2ª fase do Tegram, em 2020, aumentou a capacidade anual de exportação de grãos para 20 milhões de toneladas.

E para expansão da logística de importação de fertilizantes, insumo essencial da cadeia produtiva de grãos, foi firmada recentemente uma parceria entre a Companhia de Logística VLI e a Companhia Operadora Portuária do Itaqui (COPI) para a criação de um novo ramal ferroviário conectando a malha do Corredor Centro-Norte ao terminal da COPI no Itaqui.

Com esse ramal, o fertilizante será interligado a um novo terminal intermodal que será construído em Palmeirante (TO). As obras devem começar ainda este mês e o investimento é de cerca de R$ 200 milhões.

Investidores

O Porto do Itaqui recebeu, no último dia 3, visita dos investidores da Santos Brasil Participações, empresa que arrematou três dos quatro lotes leiloados pela ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, em abril deste ano, destinados ao armazenamento de granéis líquidos. O presidente do Itaqui, Ted Lago, e o diretor de Operações, Jailson Luz, receberam o grupo, liderado pelo CFO do grupo, Daniel Pedreira Dorea.

Os leilões resultaram em um total de R$ 216 milhões em outorgas e R$ 600 milhões de investimentos, totalizando mais de R$ 800 milhões. Das três áreas arrematadas pela empresa, duas são brownfield, ou seja, com instalações industriais, e a terceira - IQI12 – área greenfield, sem instalações.

Depois de se reunir com a equipe da EMAP, o grupo fez uma visita técnica para conhecer a infraestrutura do porto público maranhense e as áreas onde serão instalados os terminais de granéis líquidos. “Este foi o primeiro contato dos investidores da Santos Brasil com o Itaqui e acredito que tiveram uma imagem positiva”, afirmou Ted Lago.

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