Próximo round

Boxe do Brasil ganha destaque nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Com bronze de Abner Teixeira, e duas medalhas já garantidas, com Beatriz Ferreira e Hebert Conceição, modalidade é a com mais pódio do país nos jogos

Com informações do COB

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Hberte Conceição garante ao menos o bronze
Hberte Conceição garante ao menos o bronze (HEBERT BOX )

Tóquio - Nenhuma modalidade garantiu mais medalhas para o Brasil nos Jogos Olímpicos até o momento quanto o boxe. Nesta terça-feira, 3, Abner Teixeira (91kg) encerrou sua participação com o bronze e Beatriz Ferreira (60kg) assegurou o terceiro pódio para o país na competição – Hebert Conceição tambem ainda disputa a semifinal da categoria até 75kg no dia 5, mesmo dia da luta semifibal de Beatriz Teixeira. Não há disputa de terceiro lugar na modalidade, e todos os semifinalistas sobem ao pódio.

Bia abriu a sessão noturna na Kokugikan Arena sem tomar conhecimento da uzbeque Raykhona Kodirova. A campeã mundial venceu a luta por unanimidade, com os árbitros apontando 10 x 9 para a brasileira nos três rounds. “Já consegui a mãe de todas, agora só falta mudar a cor dela", disse a atleta, que já tem um bronze assegurado e tenta chegar à final.
"A meta é ouvir o meu hino no alto do pódio. Treinei muito e imaginei várias vezes estar aqui numa semifinal. É uma mistura de sensações. Estava concentrada na luta, mas também me divertindo”, completou Bia, que encara a finlandesa Mira Potkonen na semifinal.

Luta complicada e bronze

Abner, por sua vez, tinha uma luta bem mais complicada, diante de um dos melhores pugilistas da atualidade: o cubano Julio Cesar de la Cruz, campeão olímpico no Rio 2016 e tetracampeão mundial. O brasileiro foi bem, mas perdeu em decisão dividida dos árbitros. Apesar da derrota, Abner ficou com o bronze e conquistou a primeira medalha olímpica de um peso pesado nacional.

"(O adversário) É um cara que assisto há muito tempo, é campeão mundial desde 2011. Enfrentar ele foi muito legal, uma experiência incrível. Infelizmente acabei perdendo a luta, mas foi um sonho. Estava muito focado ali na luta e tentando ganhar em todos os momentos. Faltou um pouco de soltura, mas foi uma boa experiência. Acho que ele vai permanecer na categoria, então espero encontrá-lo mais vezes. Gostei da parte física. Estava com gás, velocidade e força. Faltou um pouco de soltura, mas foi um detalhe. Vou voltar para a academia e corrigir isso", afirmou o pugilista, que comemorou a boa fase da modalidade.

"Estamos prontos para qualquer coisa. Temos campeão mundial, cara desconhecido cheio de gana. O Brasil hoje é uma potência no boxe", afirmou.
Em outro duelo entre Brasil e Cuba, Wanderson Oliveira (63kg) acabou derrotado nas quartas de final para Andy Cruz, bicampeão mundial e campeão pan-americano.

Cria da Bahia

Celeiro de grandes talentos, a Bahia acaba de colocar mais um nome no panteão dos nobres guerreiros medalhistas olímpicos no ringue: Hebert Willian Carvalho da Conceição Sousa. Ele se junta a Robson Conceição, campeão olímpico no Rio 2016, nascido em Salvador, assim como Adriana Araújo, primeira mulher a conquistar uma medalha olímpica na modalidade com o bronze em Londres 2012.

Também nascido na capital baiana, Hebert ainda não tem sua medalha. Mas já pode dizer, aos 23 anos, que é medalhista olímpico. Neste domingo (1), ele venceu Abilkhan Amankul, do Cazaquistão, e avançou para as semifinais dos pesos médios. “É uma sensação incrível, eu escrevi meu nome na história do esporte brasileiro”, disse

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