Opinião

Volta às aulas presenciais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Depois de mais de um ano e meio de pandemia, as aulas foram retomadas de forma gradual, ontem,2, no Maranhão, mas suscitando diversos questionamentos ainda sobre questões de segurança dos alunos, principalmente, e professores, contra a Covid-19. Entre as medidas sanitárias impostas, está o uso obrigatório de máscara, suspensão do recreio e aferição de temperatura.

Neste momento de relaxamento de medidas de prevenção contra a doença, é oportuna a tentativa de retorno às aulas tendo em vista que o número de mortes tem caído, assim como o percentual de leitos ocupados por pacientes com Covid-19, tanto em UTI quanto em enfermaria. Não custa lembrar que o comércio de São Luís está funcionando plenamente, no horário tradicional, embora muitas pessoas já não façam mais uso da máscara – acessório facial importante para evitar o contágio da doença.

Como ainda estamos enfrentando a pandemia, o governo do Estado adotou um sistema de rodízio por turmas e as atividades devem acontecer de forma híbrida, com períodos de aulas presenciais e online. Retornaram ontem os alunos do 3ª ano do Ensino Médio. Segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), ao longo da semana, serão retomadas as atividades das demais turmas

Também as escolas privadas de todo o estado iniciaram na segunda-feira,2, as aulas. Com um sistema híbrido (aulas presenciais e online), adotado desde o semestre letivo anterior, os alunos das escolas podem optar pela adoção ou não do sistema de ensino.

Estudos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam que o fechamento das escolas traz consequências devastadoras, como a perda de aprendizagem, do progresso do conhecimento, da qualificação para o trabalho e o aumento do abandono escolar, além de implicações emocionais.

Vários países retornaram às aulas presenciais. O uso de álcool em gel, a utilização de máscaras e o distanciamento social são medidas que o mundo está utilizando com sucesso. No Brasil, o MEC possui um guia com as principais recomendações para o retorno às aulas presenciais com segurança.

O Guia de Implementação de Protocolos de Retorno das Atividades Presenciais nas Escolas de Educação Básica foi elaborado para orientar sistemas e redes de ensino da educação básica sobre o funcionamento e o desenvolvimento de atividades administrativas e educativas nas escolas.

Um estudo inédito divulgado na segunda-feira, 2, pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelou que o número de diagnósticos de crianças e adolescentes com miopia aumentou durante a crise sanitária. No levantamento, 72% dos profissionais entrevistados relatam maior detecção do problema na faixa etária de zero a 19 anos. Para a maioria dos especialistas ouvidos, a principal razão do problema é a maior exposição dos jovens a telas de aparelhos eletrônicos no ensino remoto e em lazer no confinamento.

Ainda segundo o levantamento, isoladas em casa, as crianças têm aula pelo computador e, nas horas livres, assistem TV e jogam no tablet ou no celular. Assim, prejudicam a visão. O estudo do CBO reúne a percepção de oftalmologistas que trabalham com o público mais jovem – foram ouvidos, entre abril e junho, 295 profissionais em todo o País. Os médicos também relatam agravamento acelerado dos casos que já tinham esse problema de visão.


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