Tripulante infectado

Outro navio com caso de covid em quarentena no Maranhão

Um tripulante do cargueiro MV Pipir Arrow, de bandeira do Panamá, testou positivo para o vírus

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Navio MV Pipir Arrow está proibido de atracar no Porto do Itaqui
Navio MV Pipir Arrow está proibido de atracar no Porto do Itaqui (navio covid)

O navio cargueiro MV Pipit Arrow, de bandeira do Panamá, somente vai atracar no Porto do Itaqui, em São Luís, após a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a Anvisa, a embarcação foi colocada em quarentena em razão de um dos tripulantes ter testado positivo para Covid-19. Dados mais recentes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) revelam que já foram confirmados 336.142 casos de novo coronavírus em todo o Maranhão e um total de 9.607 óbitos.

Ainda segundo a Anvisa, o navio está de quarentena desde o último dia 28 e está proibido de atracar na região portuária da capital. O cargueiro é procedente do Porto de Recife, em Pernambuco, tem 21 tripulantes e chegou ao litoral maranhense no dia 18 deste mês. Antes de navegar por portos brasileiros, a embarcação havia passado pelos Estados Unidos, em maio deste ano.

Em relação ao infectado, conforme a Anvisa, está isolado a bordo e assintomático. Foi solicitada a testagem de toda a tripulação e determinado o tratamento dos resíduos como infectantes e a proibição de embarques e desembarques, dentre outras medidas.

A Anvisa afirmou que a embarcação está atracada em uma área de fundeio na baía de São Marcos, no litoral de São Luís, e vem sendo monitorada por técnicos da agência. Também não está havendo contato dos tripulantes com trabalhadores portuários, nem com a população local.

Investigação

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, por meio de nota, que um navio com bandeira do Panamá, em circulação pelo país há mais de 30 dias, está em quarentena preventiva em área de fundeio (alto mar) na baía de São Marcos, em São Luís, para investigação de situação sanitária.

A SES confirmou que, no dia 28 de julho, um tripulante desse navio testou positivo para Covid-19 e e, conforme protocolo sanitário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos serão testados, inclusive o tripulante positivo para contraprova.

A Secretaria acrescenta que se colocou à disposição da Anvisa para que sejam providenciadas coletas de amostras dos tripulantes pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen). Caso haja critério, os resultados positivos para Covid-19 serão enviados para sequenciamento genômico em laboratório de referência.

A SES reforça, ainda, que as medidas preventivas fazem parte da rotina de vigilância epidemiológica em tripulação de embarcação quando é detectado algum caso positivo, para evitar a entrada de Variantes de Atenção em território maranhense.

Variante Delta

O navio MV Shandong DA Zhi, que é da China, que trouxe os primeiros casos da Variante Delta ou cepa indiana de Covid-19 para o Maranhão. Ele partiu da Malásia, no dia 27 de março deste ano e um total de 24 tripulantes embarcou na cidade do Cabo, na África do Sul. No dia 7 de maio, chegou ao litoral maranhense.

Um dos tripulantes, de 54 anos, começou a sentir sintomas do novo coronavírus, no dia 4 de maio e teve que ser internado no dia 13, em um hospital particular, na capital. Mais dois tripulantes sentiram os sintomas da Covid-19 e também foram encaminhados para o mesmo hospital e após melhoras do quadro clínico retornaram à embarcação.

Por determinação da SES, o navio ficou proibido de atracar nos portos de São Luís e os 24 tripulantes foram submetidos ao teste do Covid-19. Um total de 15 testaram positivo para o coronavírus. Entre estes infectados, seis tiveram comprovação para a variante Delta. Também todos os profissionais da área de saúde, que tiveram contato com a tripulação infectada da variante Delta, foram testados para Covid-19.

O tripulante indiano, de 54 anos, veio a falecer no dia 26 do mês passado, no hospital particular. Ele ficou internado por um período de 43 dias e o corpo dele foi transladado para sua terra natal. O indiano foi a segunda vítima da variante delta a morrer no Brasil. A primeira vítima foi uma mulher grávida, que tinha 42 anos, e veio do Japão para o norte do Paraná. Ela faleceu no dia 18 de abril.

Decreto

O Governo do Maranhão chegou a editar no final do mês de maio deste ano um decreto reforçando a fiscalização no embarque e desembarque dos navios em todo o estado como sendo uma das formas de conter a proliferação da Covid-19, mesmo sendo esse trabalho de competência do governo federal.

Os desembarques de passageiros e tripulantes de embarcações passaram a ser comunicados previamente não somente à Anvisa, mas também à Secretaria de Estado da Saúde (SES), a fim de que sejam tomadas as medidas sanitárias necessárias à prevenção e ao combate à Covid-19.

O tripulante com sintomas de coronavírus deve ser notificado sobre a necessidade de isolamento por, no mínimo, 14 dias. Além disso, a avaliação de saúde de tripulante apto a embarcar, realizada no dia do embarque, deve ser enviada à SES, para conhecimento, podendo ser realizado novo teste, conforme orientação a ser expedida.

Saiba mais

Embarcações com tripulantes infectados de Covid-19

MV Shandong DA Zhi: trouxe os primeiros casos da Variante Delta ao Maranhão, partiu da Malásia, no dia 27 de março deste ano e um total de 24 tripulantes embarcou na cidade do Cabo, na África do Sul. No dia 7 de maio, chegou ao litoral maranhense. Um dos infectados veio a falecer.

MV Pipit Arrow: procedente do porto de Recife, em Pernambuco, possui 21 tripulantes e chegou ao litoral maranhense no dia 18 deste mês. Antes de navegar por portos brasileiros, havia passado pelos Estados Unidos, em maio deste ano. Um dos tripulantes testou positivo para o novo coronavírus.

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