Mortes violentas

Quatro policiais militares foram presos suspeitos de assassinatos

Um dos detidos é acusado da morte de um líder comunitário, em Imperatriz, como ainda houve a prisão de policiais que teriam matado um médico, um bicheiro e cometido crime de feminicídio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
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. (Líder comunitário)

Maranhão - Somente no mês de julho, quatro policiais militares, que deveriam dar segurança para comunidade, foram presos suspeitos de assassinatos no Maranhão. Ontem, um policial militar do Pará, de nome não revelado, foi preso na cidade paraense de Rondon acusado de ter matado o líder comunitário Wanderley Rodrigues, WR, de 53 anos, no último dia 18, em Imperatriz.

A polícia informou que a prisão do policial do Pará ocorreu em cumprimento de ordem judicial e ele deve ser transferido, no decorrer desta semana, para Imperatriz, onde vai prestar esclarecimentos sobre o caso. O caso está sendo investigado pela equipe da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoas (DHPP), que é coordenada pelo delegado Praxísteles Martins.

O líder comunitário foi baleado em sua residência, localizada no Residencial Sebastião Regis, em Imperatriz, e morreu a caminho do hospital. Ele era presidente da Associação dos Moradores do Residencial Sebastião Regis e estava no seu segundo mandato.

Morte do médico
A equipe de policiais comandada pelo delegado Praxísteles Martins também está investigando o assassinato do médico Bruno Calaça Barbosa, de 24 anos, ocorrida na segunda-feira, 26, em uma casa de eventos, em Imperatriz.

O delegado afirmou que o suspeito de ter atirado na vítima foi o soldado da Polícia Militar do Maranhão, Adonias Sadda, que continua custodiado em uma das celas do 3º Batalhão, em Imperatriz. O militar foi preso em cumprimento de ordem judicial na noite do último dia 27 em uma residência de um advogado, no bairro São José do Egito.

Adonias declarou para a polícia que o tiro que atingiu o médico foi acidental e a vítima o teria chutado com o objetivo de desarmá-lo. O delegado contou que a polícia está investigando a real motivação do crime. Esse assassinato foi filmado e postado em redes sociais.

As imagens mostram que o médico discutiu com duas pessoas. Logo após, essas pessoas se aproximaram do policial militar. Minutos depois, Adonias efetuou um tiro no peito do médico, que morreu no local. O militar também é suspeito de ter atropelado e matado uma criança, de 4 anos, em Imperatriz, no ano de 2015 e o caso é investigado pela Polícia Civil.

Milícia
Também um outro policial militar, nome não revelado, foi no último dia 27 na Grande Ilha. De acordo com a polícia, ele é suspeito de crime de milícia e ter assassinado o bicheiro Bruno Vinícius Nazom Moraes Borges, de 31 anos. A vítima foi morta a tiros no dia 12 de fevereiro deste ano, na frente de seus familiares, em um bar na Avenida Litorânea.

A polícia informou que o detido é policial militar do Maranhão, lotado na capital e teria sido o motorista do veículo que deu fuga aos executores do crime. Após ser ouvido na Superintendente de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), na Beira-Mar, ele foi levado para o presídio militar, no Calhau.

Esse assassinato faz parte de um conflito entre organizações criminosos provenientes do Rio de Janeiro e Goiás que exploram jogos e bingos eletrônicos em São Luís. No dia 17 do mês passado, a polícia prendeu mais dois homens que organizaram a execução. Segundo a polícia, eles contrataram os milicianos, que são ex-integrantes da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, para matar Bruno Nazom na frente de seus familiares.

Feminicídio
No último dia 9 foi preso o cabo da Polícia Militar do Maranhão, Gilgleidson Pereira Melo, em Timon, de acordo com a polícia, suspeito de ter assassinado a própria namorada, Ana Carolina da Silva Carvalho, de 17 anos.

O corpo da adolescente foi encontrado com marcas de tiros no tórax, no dia 5 deste mês, em um sítio, no bairro Mocó, em Coroatá, onde residia com o policial. O caso é investigado pela Polícia Civil como crime de feminicídio e ainda ontem o cabo estava preso no presídio militar, no Calhau.

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