Estado Maior

O debate deveria ser outro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

A discussão sobre de quem é a culpa pelos valores atuais dos combustíveis e do gás de cozinha em nada ajuda a reduzir os preços dos produtos derivados de petróleo para o cidadão. Impostos federais e estaduais já existiam antes da série de reajustes da Petrobras, logo, não cabe apontar estes tributos como os grandes responsáveis pelos valores elevados.

Este debate, por sinal, é mais um produto de uma dicotomia que tem deixado a política mais pobre e mais viciada em fracos argumentos.

O governador Flávio Dino (PSB) criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo combustível de preços altos e gás de cozinha com valores elevados. Segundo ele, a política do governo federal em relação ao dólar é o responsável pelos preços praticados.

Na verdade, o debate deveria passar por este ponto: a Petrobras baliza os valores de seus produtos de acordo com o mercado internacional, que usa o dólar, cujo valor no Brasil vem crescendo desde 2019. Assim, quanto mais alto o dólar ficar, mais elevado ficará o preço dos produtos ligados ao mercado internacional, como os derivados de petróleo .

E como o combustível mexe com uma enorme cadeia de produção – de alimentos a serviços – outros produtos também sofrem reajustes constantes.

Acreditar que zerando um ou outro imposto ajudará, é apenas jogada política de quem propõe e inocência de quem acredita. Até mesmo porque não há garantias de que a redução de tributos será necessariamente repassada para o consumidor.

PP nacional
O deputado federal André Fufuca assumiu ontem, interinamente, a direção nacional do Progressistas (PP). Ele ocupa o comando no lugar do senador Ciro Nogueira, que foi para a Casa Civil.

E mesmo assumindo a presidência nacional do PP, Fufuca não deixará o comando do partido no Maranhão.

Segundo o parlamentar disse à coluna, o fato de ser presidente nacional interino do partido, permite a ele acumular o cargo de presidente estadual.

Mudanças
Duas mudanças foram feitas no primeiro escalão da gestão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos).

Pelas redes sociais, o gestor anunciou que deixou o cargo de secretário de Administração (Semad), Flávio Olímpio.

Para o lugar dele, Braide anunciou Diego Rodrigues, que estava no comando da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semid).

Outras mudanças
Para a Semid, o nomeado é Felipe Falcão. Esta não é a primeira vez que Eduardo Braide faz mudanças em sua equipe de governo.

Antes, o prefeito exonerou a vice-prefeita, Esmênia Miranda, do cargo de secretária de Educação. Para o lugar dela, ele trouxe Marco Moura, que, na época, comandava a Escola Municipal de Gestão.

As mudanças seriam somente uma adaptação técnica necessária para a organização do trabalho na gestão de Braide.

Vacinação
A Prefeitura de São Luís vai vacinar hoje os adolescentes de 14 anos. O anúncio foi feito pelo prefeito da capital, Eduardo Braide.

A imunização dos jovens acontecerá em oito pontos e para serem vacinados precisam estar acompanhados pelos responsáveis.

Em São Luís, a vacinação já vem ocorrendo além das faixas etárias presentes no Plano Nacional de Imunização (PNI).

Incluir
Sobre o PNI, o secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Carlos Lula, informou que o Ministério da Saúde deverá incluir os adolescentes no plano de vacinação.

Lula, que se reuniu com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esta semana não informou sobre a data de quando isto acontecerá.

Por enquanto, no Maranhão, somente em São Luís os adolescentes estão sendo vacinados com doses da Pfizer.

DE OLHO

21º é a posição do Maranhão no ranking nacional de vacinação, segundo dados do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde

Sem antecipar
Já sobre a antecipação da segunda dose da AstraZeneca, Lula informou que o Ministério da Saúde ainda não vai autorizar um protocolo permitindo a antecipação.

Nas redes sociais, Carlos Lula disse que somente após a imunização da população adulta prevista no PNI é que a antecipação pode ocorrer.

Vale lembrar que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) enviou ofício aos 217 municípios autorizando a antecipação da segunda dose para quem vacinou há oito ou 12 semanas.

E MAIS

• Depois da autorização da SES, a Prefeitura de São José de Ribamar decidiu antecipar a aplicação da segunda dose da AstraZeneca nas pessoas que tomaram a primeira dose há dois meses.

• A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu ontem enviar as investigações sobre desvio de verba pública envolvendo o deputado Júnior Lourenço (PL) para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

• As investigações em questão fazem parte da Operação Laços de Família feita pelo Gaeco.

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