Queimadas

Em dois anos, Maranhão registra total de 7.752 focos de incêndio

Segundo semestre costuma ter maior incidências de queimadas; novembro é o mês com mais casos

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Em julho acontece a transição para o período seco no Maranhão
Em julho acontece a transição para o período seco no Maranhão (queimadas)

São Luís – Dados divulgados pela Terra Brasilis apontam que em dois anos, o Maranhão teve 7.752 focos de incêndio, desses, 3.588 ocorreram no ano de 2020. As ocorrências costumam aumentar no período de estiagem, no segundo semestre, principalmente nos meses em que há mais ventos, pois podem causar o aumento e a propagação dos focos de incêndio.

Os dados mostram, ainda, que o mês de novembro costuma ser o com maior número de ocorrências no estado. Em 2020, foram 1.200 ocorrências, enquanto em 2019 foram 1.700 no mês de novembro. O chefe do NuGeo, Gunter de Azevedo Reschke, explicou a O Estado que o clima do Maranhão tem influência direta na quantidade de queimadas anualmente. “Temos praticamente duas estações aqui no Maranhão, estação seca e estação chuvosa. Então, a partir de maio, por exemplo, já se inicia a estação seca, pelo sul do estado, e a partir de julho já começa em todo o estado, mas especificamente em agosto”.

Como forma de combate, o Governo do Maranhão, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), tem realizado a campanha “Maranhão Sem Queimadas”, com o apoio do Corpo de Bombeiros. “O Programa Maranhão Sem Queimadas é uma ação estratégica do Governo do Estado que visa, principalmente, a prevenção e o combate às queimadas e os incêndios florestais no Estado. Por meio dessas ações, que contamos com parceria do CBMMA, Defesa Civil e o BPA, nós realizamos as campanhas visando a diminuição dos focos de queimadas e incêndios florestais no Maranhão”, diz Supervisora de Combate e Controle ao Desmatamento e Queimadas, Scarleth Vieira.

“É uma ação muito importante tendo em vista que eles podem resultar em diversos impactos ambientais negativos ao meio ambiente e, por isso, é importante que tenhamos a iniciativa de tentar contribuir ao máximo para a redução deles”, completa a supervisora.

Estiagem
De acordo com a previsão feita pelo Laboratório de Meteorologia da UEMA (Universidade Estadual do Maranhão), o norte do Maranhão entra a partir de agosto em estiagem, deixando todo o Estado sem chuvas. Além disso, o Laboratório destaca que a partir de setembro devem começar os fortes vendos, principalmente na Grande Ilha.

Analisando os dados do INPE, é verificável que a incidência de focos de incêndios começam a se intensificar a partir do mês de julho, indo até novembro em um ritmo crescente. “Praticamente as chuvas extintas, quase sem nenhuma ocorrência, muita incidência de radiação solar, consequentemente a umidade relativa do ar é reduzida em determinada região, aumentando a temperatura, além disso, ainda tem outro fator, o aumento da velocidade dos ventos, então qualquer fagulha, ou até um vidro que esteja em uma área seca, pode gerar uma combustão, ocasionando uma queimada”, explicou o chefe do NuGeo.

Consequências
Queimadas deixam o solo mais pobre, causam desertificação e aumentam o aquecimento global, prejudicando assim o meio ambiente e a economia. Além disso, problemas respiratórios se agravam e, neste momento, com o aumento do número de casos da covid-19, elas ficam ainda mais perigosas.

De acordo com a SEMA, o procedimento inicial quanto às queimadas ilegais e incêndios florestais, deve-se entrar em contato com o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, através do número 193, e denunciar SEMA através dos fones (98) 3194-8900, (98) 3194-8909, para que possam ser realizados monitoramento e fiscalização.

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